SUPERLOTAÇÃO NOS PRESÍDIOS DE SP: São Paulo - Passados pouco mais de 20 anos do massacre do Carandiru, um terço dos presídios paulistas está com lotação maior que a da Casa de Detenção
São Paulo - Passados pouco mais de 20 anos do massacre do Carandiru, um terço dos presídios paulistas está com lotação maior que a da Casa de Detenção na época em que 111 presos foram mortos, em outubro de 1992. Às vésperas do julgamento da maior chacina
de detentos da história de São Paulo, o sistema penitenciário paulista ultrapassou os 200 mil
presos, com 198.476 nas 156 unidades prisionais da Secretaria de Administração Penitenciária e 5.205 em cadeias da Secretaria da Segurança Pública. A superlotação do Carandiru foi apontada como uma das causas do massacre. As mortes ocorreram depois que
dois presos iniciaram uma briga que rapidamente levou a uma rebelião. Policiais militares foram chamados para conter os rebelados e acabaram provocando o massacre. Amanhã, 26 serão julgados no Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, acusados pela morte
de 15 presos no 2.º pavimento do pavilhão 9.
O caso do Carandiru não foi levado à Corte Interamericana de Direitos Humanos porque o Estado de São Paulo se comprometeu a diminuir a lotação no sistema penitenciário, o que
não ocorreu. Hoje, considerados os 77 presídios paulistas, 28 têm mais que o dobro de presos em relação à capacidade. Na época do massacre, o Carandiru tinha pouco mais que o dobro de presos por vagas (7.257 para 3,5 mil)
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