SÃO PAULO (Reuters) - Os metalúrgicos da fabricante de aeronaves Embraer entraram em greve nesta quarta-feira por tempo indeterminado, reivindicando aumento na oferta de reajuste salarial feita pela empresa, informou o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
A empresa ofereceu reajuste de 7,4 por cento nas últimas negociações ante reivindicação dos trabalhadores de aumento de 10 por cento. Segundo o sindicato, a proposta da Embraer representa aumento real de salário de 1 por cento e está abaixo do obtido por metalúrgicos de outras fábricas da região.
Os metalúrgicos também reivindicam congelamento do valor do desconto do convênio médico e estabilidade no emprego.
Em 21 de outubro, os metalúrgicos da Embraer realizaram paralisação de 24 horas para pressionar a empresa a aumentar a proposta de reajuste salarial. A oferta na ocasião era de reajuste de 6,6 por cento. Apesar do aumento da proposta desde então, o avanço não foi considerado suficiente pelos trabalhadores, informou o sindicato.
Segundo a Embraer, na unidade de Botucatu foi celebrado acordo com o sindicato, que inclui reajuste de 7,4 por cento. O mesmo reajuste foi proposto para as unidades de Gavião Peixoto, Sorocaba e Taubaté e ainda está em análise pelos sindicatos.
Já o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos rejeitou a proposta de reajuste para a unidade Faria Lima.
A Embraer informou em comunicado que em setembro foi concedido reajuste de 5,3 por cento nos salários, como uma antecipação por conta da data-base, por sua iniciativa.
"A Embraer confirma seu compromisso com a proposta apresentada pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) para os sindicatos com os quais a negociação ainda está em curso e mantém a firme determinação de preservar sua capacidade competitiva no cenário global", disse a empresa em comunicado.
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