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Quedas nas vendas deixa mais de 1.000 cegonheiros sem trabalho na região

Adesacceleração do setor automotivo, além de prejudicar as montadoras, causa prejuízo para os cegonheiros. Somente no Grande ABC, mais de 1.000 trabalhadores do segmento estão sem trabalho, o que equivale a 28,5% dos cerca de 3.500 profissionais atuantes na região. Diante deste quadro, a categoria organizou na manhã de ontem protesto contra o atual momento de recessão econômica pelo qual o Brasil atravessa desde 2015.
Encabeçado pelo Sindicato Nacional dos Caminhoneiros, o movimento contou com a participação de mais de 500 caminhões cegonha, além do apoio de lideranças regionais, como o deputado estadual Orlando Morando (PSDB), que é presidente da Comissão de Transportes e Comunicações da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. O comboio partiu da sede da entidade, situada na Estrada da Servidão, em São Bernardo, percorreu a Rodovia dos Imigrantes, a Avenida Tancredo Neves (em São Paulo), a Rodovia Anchieta e encerrou o protesto no próprio ponto de partida.Conforme avançava pelo trajeto, a carreata ganhava apoio dos motoristas que trafegavam pelas vias. Apesar do grande volume de veículos, a organização do movimento permitiu a fluência do trânsito, registrando alguns pontos de tráfego mais intenso durante a passagem pela área urbana da Capital.
Durante o ato, os manifestantes gritavam palavras de ordem e exigiam incentivos do governo federal para que o setor automobilístico e os segmentos adjacentes voltem a crescer. Conforme o vice-presidente do sindicato, Jaime Ferreira dos Santos, os políticos precisam se unir para que o Brasil supere a crise. “Este não é um movimento nem de apoio nem contra ninguém. O que queremos é que eles (políticos) se entendam e voltem a investir no País, para que a indústria volte a produzir e a geração de empregos seja retomada. Não pode ficar do jeito que está.”
Somente no primeiro trimestre deste ano, a demanda dos cegonheiros caiu mais de 60%. Segundo Santos, a categoria se vê de mãos atadas no momento. “Nossos veículos possuem uma função específica, que é a do transporte de automóveis. Com esta queda de movimento, mal temos como pagar o frete e honrar nossos compromissos.”
As vendas de veículos caíram 28,6% de janeiro a março, na comparação com o mesmo período de 2015, maior retração desde 2006, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

Motoristas relatam drama durante a crise
A queda de mais de 60% nas demandas aos cegonheiros, que costumam prestar serviço a grandes empresas do setor de logística, como Tegma, Brazul e Transauto, terceirizadas das montadoras, tem preocupado os trabalhadores da categoria. Com compromissos para honrar, muitos relatam que o valor ganho cobre apenas as despesas dos veículos.
Para alguns, o prejuízo é incalculável. Vários motoristas relatam a grande pressão vivida por conta da falta de serviço. É o caso do cegonheiro Renato Rebutini, 27 anos, que se vê obrigado a fazer bicos para pagar as contas. “Está sendo muito difícil. Só neste ano já perdi mais de R$ 100 mil. Estou precisando fazer trabalhos por fora para diminuir o prejuízo, mas não sei como será daqui para frente.”
Com poucos carros para transportar, o também cegonheiro Luiz Giglio, 43, vê as despesas só aumentarem. “Até o momento, já perdi mais de 60% dos meus ganhos. Se antes eu tirava R$ 10 mil por mês, agora recebo, no máximo, R$ 4.000. Mal consigo pagar a manutenção do caminhão, que é um equipamento caro. Espero que logo a situação melhore, pois, deste jeito, não vai dar.”

Morando critica momento político do País
A carreata dos cegonheiros em protesto ao momento de crise econômica vivido pelo Brasil foi acompanhada pelo deputado Orlando Morando, que elogiou a organização da categoria e ressaltou sua importância. “É um dos segmentos que mais sofrem com os cenários político e econômico do Brasil. Eles são responsáveis por transportar uma carga valiosa, que enriquece o País.”
Morando também exaltou a importância da região para a superação da recessão econômica. “É preciso defender a economia do Grande ABC. É nosso dever garantir a manutenção dos empregos nas montadoras.”
Para o vice-presidente do sindicato, Jaime Santos, medidas de incentivo às fabricantes seriam interessantes mas, antes, é preciso que a economia se recupere para que vagas sejam geradas, para criar ambiente propício às compras de carros. Inclusive, com taxas de juros menores.
Na visão do deputado, o clima de incertezas vivido no cenário político freia o crescimento do País. “Hoje, infelizmente, temos apenas uma pauta política, que é o impeachment. E enquanto isso não se resolve, outra pauta da mesma importância, que é a crise econômica, fica de lado, e por isso estamos afundando.”

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