Manaus – Na lista que mostra o nome de 49 presos mortos no Compaj, há nove que respondiam aos crimes de estupro, ou estupro de vulnerável. Entre os presos que ficaram ‘famosos’ por outros crimes estão Sebastião Ribeiro Marinho Filho, o ‘Velho Sabá’, Manoel Freitas Barros, conhecido como ‘Manoel Tatu’, ambos membros da Família do Norte (FDN), desmentindo a versão inicial do governo do Estado de que todos os mortos eram do Primeiro Comando do Capital (PCC).
Outros ‘famosos’ são: Alcinei Gomes da Silveira, integrante do PCC e o ex-policial Moacir Jorge Pessoa da Costa, o ‘Moa’, que ficou conhecido por ser um dos delatores do ‘cso Wallace’, que terminou na prisão do já falecido ex-deputado Wallace Souza, preso, em outubro de 2009, acusado de encomendar mortes de desafetos para exibir em um programa local de televisão.
Sebastião Ribeiro Marinho Filho, o ‘Velho Sabá’, 51, foi preso em outubro de 2015, durante a operação Blackout, da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), suspeito de comandar uma milícia, que extorquira dinheiro de moradores da invasão conhecida como ‘Cidade das Luzes’, no Tarumã, zona oeste de Manaus. De acordo com a Polícia Civil, Sebastião era conhecido como um dos integrantes da FDN.
Manoel Freitas Barros, conhecido como ‘Manoel Tatu’, estava desde janeiro de 2014, no Compaj, após ser transferido de um presídio federal em Porto Velho (RO). Segundo a polícia, ele era membro da FDN e conhecido no mundo do crime por envolvimento em assaltos a bancos no interior do Amazonas, roubos a supermercados e residências em Manaus.
Paulo Marcelo Santos Nascimento, o ‘PC’, apontado pela polícia como um dos ‘xerifes’ do tráfico de drogas, na zona sul de Manaus, estava preso desde julho de 2011. Investigado pelo Ministério Público Estadual (MPE), ‘PC’ comandava o tráfico em vários bairros da zona sul, principalmente no Japiim, Petrópolis e conjunto Manaus 2000. Ele era ligado a narcotraficantes colombianos e participava de ‘consórcios’, que envolvia outras traficantes, para a compra de grandes quantidades de cocaína da Colômbia.
Alcinei Gomes da Silveira, 25, ajudou, segundo processo judicial, os também detentos David Souza Braz, 26, France Daik Sinfronio Batista, 33, e Felipe Oscar de Souza Conceição, 22, no enforcamento de Jhony César Teixeira dos Santos, 36, na noite do dia 22 de novembro de 2012, em uma das celas da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP). Conforme o inquérito policial do homicídio, os detentos conversavam sobre facções criminosas, entre elas o Primeiro Comando da Capital (PCC), instantes antes da morte de Jhonny.
O ex-soldado do Sétimo Comando Aéreo Regional (VII Comar) Alessandro Nery Praia, 30, estava preso, segundo processo judicial, desde 2006 e foi condenado a 16 anos de prisão, em regime fechado, por matar, asfixiada e estrangulada, Adriana Franco da Luz, no dia 16 de março de 2006, mulher com quem mantinha um relacionamento amoroso conturbado. Ainda conforme os arquivos judiciais, Alessandro era uma pessoa violenta e não se conformava com o término do relacionamento com Adriana e, por isso, resolveu matá-la por volta das 13h45, na Rua Flamboyant, no Distrito Industrial 2, zona sul de Manaus.
Os presos mortos na UPP são: Andrei Chaves de Moura Castro, Kevin Klive Silva Ramos, Paulo Henrique Santos Lagos e Carlos Augusto Nascimento Galucio.
Lista de mortos
Uma lista da Umanizzare, empresa contratada pelo Governo do Amazonas para administrar o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), mostra 49 nomes de presos mortos, no último domingo (1º), durante a rebelião. Até o momento, o Insttituto Médico Legal (IML) liberou 14 corpos dos 60 mortos. Com os nomes divulgados pelo Governo dos quatro detentos mortos na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), há um total de 53 mortos identificados.
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