FIQUE POR DENTRO:A mãe de todas as guerras Em 1948 eclodiu o primeiro conflito entre árabes e israelenses, com um saldo de cerca de 700 mil palestinos refugiados. Israel sempre negou ter responsabilidade pelas expulsões, mas novos documentos contam uma história diferente
A aprovação do plano da ONU de partilha da Palestina, no dia 29 de novembro de 1947, foi recebida com festa pelos judeus, que sonhavam com a criação de seu Estado. Já para os árabes, contemplados com a menor porção do território, aquele foi um dia de indignação. Não demoraram a eclodir conflitos entre as duas comunidades e, no início de 1948, a região se encontrava em plena guerra civil.
A partir de janeiro daquele ano, voluntários de países árabes vizinhos começaram a chegar para montar um cerco aos judeus residentes em Jerusalém. O líder sionista David Bem Gurion organizou, então, uma força militar para enfrentar os árabes. Em 20 de abril Jerusalém foi liberada, e no dia 14 de maio Ben Gurion proclamou unilateralmente a fundação do Estado de Israel.
A reação foi imediata. Em 15 de maio a Liga Árabe, coalizão formada por Egito, Iraque, Jordânia, Líbano, Síria, Arábia Saudita e Iêmen, declarou guerra a Israel e começou a enviar tropas à Palestina. A guerra se estendeu até julho de 1949, entre tréguas e retomada de hostilidades.
Comentários