O primeiro passo é pegar o fio do chão e olhar bem para ele para verificar se está em pedaço, prova de que quebrou, ou inteiro, sinal de que caiu. Regra geral, a quebra tem a ver com fatores externos, como penteados muito apertados, uso excessivo de escova e chapinha e química mal feita. “Já a queda acontece devido a alguma disfunção no organismo, provocada, por exemplo, por estresse, anemia, dieta pobre em nutrientes ou alteração na tireoide”, diz a dermatologista Vanessa Metz, do Rio de Janeiro.
Enquanto a quebra pode ocorrer em qualquer período do ano e exige ação imediata para o problema não piorar, a queda é mais perceptível no outono. “Na verdade, a causa foi gerada no verão, quando ficamos mais expostos aos raios ultravioletas, que têm a capacidade de alterar a dinâmica do ciclo do cabelo, fazendo-o chegar mais rápido à fase de queda”, explica o médico tricologista Ademir Carvalho Leite Júnior, de São Paulo, que acaba de lançar o livro “Como vencer a queda capilar” (Caeci Editorial). Segundo ele, a situação pode se resolver sozinha em dois ou três meses. Mas, se ela persistir e vier acompanhada de aumento na oleosidade dos fios, coceira e ardor no couro cabeludo, ou ainda de grande perda de peso, Ademir recomenda procurar um especialista para investigar se não se trata de um problema mais importante. Os três tipos mais comuns são: alopecia androgenética, popularmente conhecida como calvície, que é causada por fatores hereditários e hormonais; eflúvio telógeno, uma perturbação no ciclo de vida do cabelo, geralmente provocada por regimes severos, cirurgias de grande porte (como lipoaspiração e redução de estômago), mas também observada no pós-parto e em casos de anemia, estresse, uso de medicamentos (como antidepressivos), e alterações na tireoide. Há ainda a alopecia areata, uma doença auto-imune em que o organismo desenvolve anticorpos contra a raiz do cabelo, que não consegue produzir mais fios.
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