A LUTA CONTRA O CÂNCER: Marido registra a batalha de sua mulher contra o câncer em fotos emocionantes
Em entrevista, Angelo Merendino diz que as fotos que correram o mundo o ajudaram a superar a perda da mulher: “ela amava tanto a vida que isso me dá forças” Cinco meses após seu casamento, Jennifer Merendino, mulher do fotógrafo Angelo Merendino, descobriu que tinha um câncer de mama. A notícia virou a vida do casal de cabeça para baixo e, algum tempo depois do início do tratamento, eles perceberam que amigos e familiares, moradores de Ohio, já não se comunicavam com tanta frequência. “Eles sofriam muito quando faziam contato”, explicou o fotógrafo, que vive em Nova York, em entrevista por telefone ao iG.Foi então que ele criou um site para dividir sua dor com outras pessoas e alertar as mulheres para a importância da mamografia. Na página “The Battle We Didn’t Choose – My Wife’s Fight Against Breast Cancer” (em português, “A batalha que não escolhemos - A luta da minha mulher contra o câncer de mama”), ele conta uma história de amor, força e dor em imagens, por meio de uma série de fotografias tiradas ao longo dos quatro anos de vida de Jennifer após o diagnóstico.
São estas imagens – da primeira, em que aparecem felizes e brindando, à ultima, no túmulo de Jennifer – que lhe ajudam a seguir em frente e a elaborar a perda. “ [As fotografias] falam das nossas memórias, não só as tristes, mas de amor e o quanto aprendemos um com o outro”. Faz um ano e meio que Angelo segue seu caminho sozinho, mas com a convicção de que ainda pode ser feliz. “Ela amava tanto a vida que isso me dá forças”. Confira a entrevista:
iG: Jennifer descobriu o câncer cinco meses depois de vocês se casarem. Família e amigos a acolheram?
Angelo Merendino: Durante os primeiros sete meses de tratamento, ela recebeu muito apoio e carinho de todos. Família e amigos estiveram lá para o que precisasse, e isso foi muito importante. Depois, as pessoas já não ligavam tanto, não mandavam email, se afastaram. Imaginamos na época que estavam todos chocados e sofriam muito quando faziam o contato.
Angelo Merendino: Durante os primeiros sete meses de tratamento, ela recebeu muito apoio e carinho de todos. Família e amigos estiveram lá para o que precisasse, e isso foi muito importante. Depois, as pessoas já não ligavam tanto, não mandavam email, se afastaram. Imaginamos na época que estavam todos chocados e sofriam muito quando faziam o contato.
iG: Como surgiu a ideia de documentar a luta da sua mulher contra a doença?
Angelo Merendino: Como a gente morava em Manhattan e nossos familiares em Ohio, eu encontrei uma maneira de dividir com eles o que estava acontecendo na nossa casa. Comecei a fotografar o nosso dia-a-dia, que mostrava nossos medos, a dor, as tristezas, a solidão e o amor. Era também uma forma de humanizar o câncer e mostrar como é a vida de alguém que convive a doença. A partir deste momento, todo mundo que se sensibilizou com a nossa dor voltou a nos apoiar. Outro ponto importante de documentar a luta da minha mulher foi incentivar as mulheres a fazerem regularmente a mamografia.
Angelo Merendino: Como a gente morava em Manhattan e nossos familiares em Ohio, eu encontrei uma maneira de dividir com eles o que estava acontecendo na nossa casa. Comecei a fotografar o nosso dia-a-dia, que mostrava nossos medos, a dor, as tristezas, a solidão e o amor. Era também uma forma de humanizar o câncer e mostrar como é a vida de alguém que convive a doença. A partir deste momento, todo mundo que se sensibilizou com a nossa dor voltou a nos apoiar. Outro ponto importante de documentar a luta da minha mulher foi incentivar as mulheres a fazerem regularmente a mamografia.
iG: Jennifer gostava de ser fotografada?
Angelo Merendino: Ela confiava muito em mim. Sabia que mais do que ser fotografada, ela estava sendo cuidada. Fotografar era secundário, cuidar e estar junto dela era o primordial.
Angelo Merendino: Ela confiava muito em mim. Sabia que mais do que ser fotografada, ela estava sendo cuidada. Fotografar era secundário, cuidar e estar junto dela era o primordial.
iG: Do que lembra quando vê as fotos?
Angelo Merendino: As fotos me ajudam a lembrar de tudo que fizemos juntos e do quanto eu a amava. Elas falam das nossas memórias, não só as tristes, mas as de amor e do quanto aprendemos um com o outro. É evidente que eu gostaria que ela estivesse ao meu lado, mas quando me lembro de nós dois, penso que vivemos muito mais alegrias que tristezas.
Angelo Merendino: As fotos me ajudam a lembrar de tudo que fizemos juntos e do quanto eu a amava. Elas falam das nossas memórias, não só as tristes, mas as de amor e do quanto aprendemos um com o outro. É evidente que eu gostaria que ela estivesse ao meu lado, mas quando me lembro de nós dois, penso que vivemos muito mais alegrias que tristezas.
iG: Em que estágio você está hoje? Você retomou sua vida?
Angelo Merendino: Ela sabia o que eu enfrentaria depois que morresse. Por isso, sempre me dizia para eu me cuidar e para eu ser feliz. Tento achar coisas legais no dia-a-dia. Ela amava tanto a vida que isso me dá muita força.
Angelo Merendino: Ela sabia o que eu enfrentaria depois que morresse. Por isso, sempre me dizia para eu me cuidar e para eu ser feliz. Tento achar coisas legais no dia-a-dia. Ela amava tanto a vida que isso me dá muita força.
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