Fiéis na praia de Copacabana
“Infelizmente, ganhou espaço a cultura da exclusão, a cultura do descartável. Não há lugar para o idoso nem para o filho indesejado. Não há tempo para se deter com o pobre caído à margem da estrada. Às vezes parece que, para alguns, as relações humanas sejam regidas por dois dogmas modernos: eficiência e pragmatismo”, disse.
Dirigindo-se aos religiosos, Francisco pediu-lhes que “tenham a coragem de ir contra a corrente” e de promover a cultura do encontro”.
O pontífice voltou a defender que a Igreja Católica busque a “periferia”. “Decididamente pensemos a pastoral a partir da periferia, daqueles que estão mais afastados, daqueles que habitualmente não frequentam a paróquia.”
Ao pregar maior atenção aos mais pobres, Francisco citou uma frase da indiana Madre Teresa de Calcutá (1910-1997), conhecida pelo trabalho social.
“Devemos estar muito orgulhosas da nossa vocação, que nos dá a oportunidade de servir a Cristo nos pobres. É nas favelas, nos ‘cantegriles’, nas ‘villas miseria’, que nós devemos ir procurar e servir a Cristo. Devemos ir até eles como o sacerdote se aproxima do altar, cheio de alegria.”
Francisco lembrou de seu “sonho da juventude: partir missionário para o longínquo Japão”. E disse que ficava na Argentina seu destino: “Deus me mostrou que o meu território de missão estava muito mais perto: na minha pátria”.
Multidão. A celebração da missa levou quase uma hora e meia. Ao sair da igreja em forma de cone, próxima ao Arco da Lapa carioca, o papa foi recebido por uma multidão que se aglomerou no cordão de isolamento. Caminhou em direção aos fiéis para cumprimentá-los.
Despedida. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que hoje a praia de Copacabana, onde acontecerá o encerramento da Jornada Mundial da Juventude, deve bater recorde de público de todos os Réveillons anteriores realizados no local, com média de 1 milhão de pessoas.
Para Paes, quem for ao local deve ter paciência porque a saída do bairro terá, novamente, problemas de mobilidade.
“Estou na expectativa de bater o recorde da história da praia de Copacabana. Agora, é inviável que não tenhamos problemas na saída de Copacabana. São cinco Réveillons em uma semana. E no caso de amanhã (hoje), bota 2,5 milhões a 3 milhões de pessoas que irão lá. Mesmo assim, a organização funciona”, disse.
Paes chamou a atenção que em uma noite de Réveillon são recolhidas 300 toneladas de lixo. Nestas últimas quatro noites, a companhia de recolhimento coletou 47 toneladas.
O último evento do papa será no aeroporto do Galeão, antes de embarcar. Postado Tablet
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