O título da Liga dos Campeões, pela primeira vez na história, já tinha seu destino garantido: Madri. Isso porque o clássico da capital espanhola foi reproduzido, neste sábado (24), no Estádio da Luz, em Lisboa. Após o empate em 1 a 1 no tempo normal, o Real Madrid conseguiu a vitória na prorrogação e conquistou seu décimo título na história.
As dúvidas quanto à recuperação da lesão de um dos principais nomes do Atlético parecia estar resolvida quando o nome de Diego Costa surgiu na escalação da equipe. O atacante brasileiro naturalizado espanhol havia apostado em tratamentos alternativos para curar uma lesão na coxa e, aparentemente, tinha alcançado resultados positivos. Mas a participação de Costa na final deste sábado durou apenas nove minutos e o atacante teve de abrir mão, por ora, do sonho de marcar um gol na final do mais importante torneio europeu.
Se o principal goleador da equipe no campeonato estava ausente, sobrou para um zagueiro a responsabilidade de abrir o placar do jogo. O uruguaio Godín, que havia marcado o gol do título espanhol dos Colchoneros na semana passada, novamente fez o seu e abriu caminho para se tornar herói.
No segundo tempo, o Atlético se segurou na defesa, seu ponto forte, e focou em oportunidades criadas pelo contra-ataque. A tática surtiu efeito e o Atlético tinha o título nas mãos até os acréscimos da etapa final. Foi quando o zagueiro Sérgio Ramos, relocado para o ataque, aproveitou cobrança de escanteio para empatar o jogo e levar a final para a prorrogação.
Receosas e extremamente desgastadas, as duas equipes evitavam se expor aos ataques adversários. Já no segundo tempo complementar, o título parecia que acabaria saindo nos pênaltis. Só que, restando sete minutos para o final, o meia argentino Di Maria arrancou pela esquerda, fez ótima jogada e chutou cruzado. A bola foi rebatida pelo goleiro Curtois e sobrou livre para Gareth Bale - em noite apagada, vale lembrar - cabecear para o fundo do gol.
A partir daí, o Atlético se lançou ao ataque de forma desesperada, enquanto o Real Madrid segurava a bola, aguardando o apito final. Em uma dessas manutenções da posse, o brasileiro Marcelo - que, lesionado, estava na reserva e entrou bem no segundo tempo - aproveitou uma brecha na zaga adversária, arrancou e fez o seu.
Com 3 a 1 no placar e poucos minutos para o fim, La Décima (como estava sendo chamado o possível décimo título do Real) já era uma certeza. Ainda teve tempo para o melhor jogador do mundo cravar seu nome na história. Cristiano Ronaldo sofreu um pênalti, marcou o quarto gol do Real Madrid e terminou a edição da Liga dos Campeões com a expressiva marca de 17 gols em 11 jogos.
Terminada a temporada europeia, agora os craques correm para recuperar lesões e o cansaço acumulado durante o período. A Copa do Mundo começa em 19 dias e novas histórias serão escritas.
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