Pular para o conteúdo principal

Confederação Brasileira de Vôlei mergulhada na corrupção

Jogadores do Vôlei Canoas antes da partida contra o Taubaté / Funvic (Matheus Beck / Vôlei Canoas)
No fim de semana, atletas de quatro equipes da Superliga masculina de vôlei entraram em quadra com narizes de palhaço em protesto contra o grave caso de desvio de recursos na Confederação Brasileira de Vôlei. A manifestação rendeu boas fotos, mas se a indignação com a corrupção na CBV parar por aí, o vôlei brasileiro perderá uma grande chance de se modernizar.
O caso de corrupção na CBV é grave. Denunciado por Lucio de Castro, da ESPN Brasil, em fevereiro, na série Dossiê Vôlei, o esquema foi confirmado pela Controladoria-Geral da União. Segundo a CGU, até R$ 30 milhões foram desviados dos cofres da entidade durante a gestão de Ary Graça Filho, hoje presidente da FIVB, a federação internacional do esporte.
A análise dos documentos pelo órgão federal mostrou que a CBV contratou, por cifras milionárias, diversas empresas de fachada que pertenciam a ex-diretores da entidade ou parentes de diretores. Os serviços nunca foram prestados e o dinheiro, em grande parte do Banco do Brasil (que agora suspendeu o patrocínio), sumiu.
Há uma indignação genuína por parte dos atletas e treinadores. Enquanto dinheiro é desviado da CBV, muitos clubes sofrem para manter salários em dia, dando condição para que o esporte se organize no Brasil e os melhores atletas possam continuar jogando nos clubes nacionais. Como escreveu aqui no Esporte Fino a colunista Mariana Lajolo, os atletas querem voz. Para isso, a indignação precisa ser direcionada de forma a solidificar mudanças estruturais. A forma de fazer isso é tirar poder das federações locais e ampliar a voz dos atletas e treinadores.
Em março deste ano, a CBV agiu rápido para se adequar à mudança na Lei Pelé aprovada pelo Congresso no fim de 2013 sob grande pressão de ex-atletas. O estatuto da CBV foi modificado, proibindo mais de uma reeleição, e representantes dos atletas, tanto da quadra quanto da praia, ganharam o direito de votar e ser eleitos. As mudanças ficaram longe de ser revolucionárias, no entanto.
O que a CBV fez foi o mínimo exigido por lei. Os atletas estão presentes na Assembleia Geral da entidade, mas em minoria esmagadora. Os dirigentes das federações estaduais, cuja ligação umbilical com a confederação muitas vezes impede oposição (e fiscalização) de fato, continuam dando as cartas. Clubes, técnicos e árbitros nem representantes possuem.
A menos de dois anos dos Jogos Olímpicos e diante de um escândalo dessa proporção, os atletas têm uma oportunidade perfeita em mãos. De forma coerente, não querem paralisar a Superliga, o que prejudicaria os clubes e patrocinadores. Uma alternativa seria fazer uma greve na seleção brasileira. A parada, e a possibilidade de o Brasil chegar ao Rio-2016 sem disputar seis medalhas dadas como certas (duas na quadra e quatro na praia) colocaria as federações de joelhos.
Para evitar a catástrofe, os jogadores colocariam como contrapartida uma nova mudança no estatuto da CBV, de forma a abrir espaço para clubes, treinadores e árbitros e ainda mais para os atletas – o que poderia ser feito criando representações separadas para o masculino e o feminino e para atletas da ativa e os já aposentados.
Neste momento, os jogadores estão dando o benefício da dúvida para o atual presidente da CBV, Walter Pitombo Larangeiras, que por mais de 20 anos foi vice-presidente da entidade. O “Toroca”, como é conhecido, promete transparência e atribui as recentes punições a jogadores da seleção brasileira masculina a uma represália de Ary Graça Filho diante da postura da atual diretoria em relação às denúncias. O imbróglio, inclusive, fez a CBV abrir mão de organizar as finais da Liga Mundial de 2015 no Brasil, o que acabará prejudicando a seleção.
É bom que os jogadores desejem esclarecer a situação e também o papel de Toroca, se é que houve, no escândalo. Ocorre que este é o momento-chave da mudança. Se os atletas não se unirem e agirem para mudar as estruturas de poder da CBV, estarão simplesmente deixando aberto o espaço para que novos escândalos ocorram.

Comentários

ᘉOTÍᑕIᗩS ᗰᗩIS ᐯISTᗩS

Agricultura familiar conectada

  #Agrishow2022euaqui - A revolução tecnológica demorou a chegar, mas finalmente começou a transformar a vida do pequeno agricultor familiar brasileiro. Com o surgimento das foodtechs, aliado ao aumento da confiança na compra on-line de alimentos e na maior busca por comidas saudáveis por parte do consumidor, o produtor de frutas, legumes e verduras (FLV) orgânicos começa a operar em um novo modelo de negócio: deixa de depender dos intermediários — do mercadinho do bairro aos hipermercados ­— e passa a se conectar diretamente ao consumidor final via e-commerce. Os benefícios são muitos, entre eles uma remuneração mais justa, fruto do acesso direto a um mercado que, segundo a Associação de Promoção da Produção Orgânica e Sustentável (Organis), movimentou R$ 5,8 bilhões em 2021, 30% a mais do que o ano anterior, e que não para de crescer. DIRETO DA LAVOURA A LivUp é uma das foodtechs que está tornando essa aproximação possível. Fundada em 2016, a startup iniciou a trajetória comercializa

ELAS

  Swanepoel, sempre ela! A modelo Candice Swanepoel sempre é motivo de post por aqui. Primeiro, porque é uma das mulheres mais lindas do mundo. Depois, porque faz os melhores ensaios da Victoria’s Secret. Depois de agradar a todos no desfile da nova coleção, ela mostrou toda sua perícia fotográfica posando de lingerie e biquíni. Tags:  biquini ,  Candice Swanepoel ,  ensaio sensual ,  lingerie ,  victoria's secret Sem comentários » 29/11/2011   às 20h02   |  gatas Lady Gaga é muito gostosa, sim, senhor. A prova: novas fotos nuas em revista americana A estrela pop Lady Gaga é conhecida pela extravagância na hora de se vestir e pelos incontáveis sucessos nas paradas do mundo todo. Agora, a cantora ítalo-americana também será lembrada por suas curvas. A revista Vanity Fair fez um ensaio para lá de ousado em que Mother Monster (como Gaga é carinhosamente chamada pelos fãs) mostra suas curvas em ângulos privilegiados. A primeira foto é

Confira quais são os principais lançamentos do Salão de Pequim 2024

  Com as montadoras chinesas crescendo fortemente no Brasil e no mundo, a edição 2024 do Salão do Automóvel de Pequim irá apresentar novidades que vão impactar não apenas o mercado chinês, como também revelar modelos que devem ganhar os principais mercados globais nos próximos anos Este ano nós do  Motor1.com Brasil  também está lá, mostrando os principais lançamentos que serão realizados na China. Além de novidades que ainda podem chegar ao Brasil, o que vemos aqui também chegará à Europa em breve. Isso sem contar as novidades da  BYD  para o nosso mercado. Audi Q6 e-tron O novo SUV elétrico da Audi se tornará Q6L e-tron. A variante com distância entre eixos longa do já revelado Q6 e-tron fará sua estreia no Salão do Automóvel de Pequim. O novo modelo, projetado especificamente para o mercado doméstico de acordo com os gostos dos motoristas chineses, será produzido na fábrica da Audi FAW NEV em Changchun, juntamente com o Q6 e-tron e o A6 e-tron. Reestilização do BMW i4 BMW i4 restyli

Governo Lula propõe ‘imposto do pecado’ e taxação deve atingir cigarro, bebidas e até veículos

  Um pacotão de novos impostos deve pesar no bolso do contribuinte brasileiro. O governo  Lula  apresentou uma proposta de reforma tributária que inclui a criação do chamado ‘imposto do pecado’. O texto conta com aval dos Estados. Se concretizada, essa taxação passará a ser aplicada sobre produtos como cigarros, bebidas alcoólicas, bebidas todas como açucaradas, veículos enquadradas como poluentes, e também na extração de minério de ferro, petróleo e gás natural. O projeto visa a tributar esses bens e serviços com uma alíquota mais elevada em comparação com outros itens da  economia . A proposta, no entanto, aponta que a definição das alíquotas deve ser estabelecida posteriormente por lei ordinária. Além disso, ainda não está claro se a introdução do imposto do pecado resultará em um aumento da carga tributária em relação ao sistema atual, no qual esses produtos já são taxados com alíquotas mais elevadas. Atualmente, segundo o Sindicato Nacional da Indústria das Cervejas (Sindicerv), c

Sai a lista anual de bilionários da Forbes 2024; veja os 10 mais ricos do mundo

  1. Bernard Arnault (França) CRÉDITO, GETTY IMAGES Patrimônio líquido:  US$ 233 bilhões (R$ 1,18 trilhão) Pelo segundo ano consecutivo, Arnault é a pessoa mais rica do mundo. Sua fortuna cresceu 10% em 2023 graças a mais um ano de faturamento recorde para seu conglomerado de luxo, o LVMH, dono de Louis Vuitton, Christian Dior e Sephora. 2. Elon Musk (EUA) CRÉDITO, GETTY IMAGES Patrimônio líquido:  US$ 195 bilhões (R$ 987 bilhões) Como o ranking muda constantemente, Musk ganhou e perdeu diversas vezes o título de "mais rico do mundo", à medida que mudou a valorização das suas empresas, a SpaceX, a Tesla e a rede social X (antigo Twitter). 3. Jeff Bezos (EUA) CRÉDITO, GETTY IMAGES Patrimônio líquido:  US$ 194 bilhões (R$ 982 bilhões) Bezos ficou mais rico este ano graças ao excelente desempenho da Amazon no mercado de ações. 4. Mark Zuckerberg (EUA) CRÉDITO, GETTY IMAGES Patrimônio líquido:  US$ 177 bilhões (R$ 895 bilhões) O presidente da Meta enfrenta altos e baixos. Depois

BYD: 2ª geração da bateria Blade chega em 2024 com alcance de 1.000 km

A BYD, gigante chinesa de tecnologia e líder global em carros elétricos e híbridos plug-in, anuncia a vinda da segunda geração da bateria Blade, com lançamento previsto para agosto de 2024. A nova tecnologia promete ser um grande passo com avanços em autonomia, desempenho e custo.  A revelação foi feita recentemente pelo próprio CEO da BYD, Wang Chuanfu, que falou sobre a novidade pela primeira vez em uma reunião de comunicação de resultados financeiros sobre a BYD estar atualmente desenvolvendo um sistema de bateria Blade de segunda geração. A BYD, gigante chinesa de tecnologia e líder global em carros elétricos e híbridos plug-in, anuncia a vinda da segunda geração da bateria Blade, com lançamento previsto para agosto de 2024. A nova tecnologia promete ser um grande passo com avanços em autonomia, desempenho e custo.   A revelação foi feita recentemente pelo próprio CEO da BYD, Wang Chuanfu, que falou sobre a novidade pela primeira vez em uma reunião de comunicação de resultados fina

Invasões do MST chegam a 24 áreas em 10 Estados e no DF

24 propriedades já foram invadidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em 11 estados do país durante o chamado Abril Vermelho, segundo dados divulgados na manhã desta terça (16) pelo grupo. As ocupações começaram ainda no fim de semana e, de acordo com o movimento, devem se estender até sexta (19) na Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária. Além das invasões, o grupo promoveu outras seis ações diversas como montagem de acampamentos em alguns estados, assembleias e manifestações. As ações ocorrem mesmo após o  anúncio de um programa do governo federal para a reforma agrária que vai destinar R$ 520 milhões  para a compra de propriedades ainda neste ano para assentar cerca de 70 mil famílias do movimento. Entre os estados que tiveram invasões a propriedades estão Pernambuco – com a terceira ocupação de uma área da Embrapa –, Sergipe, Paraná, São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Bahia, entre outros. “Até o momento, a Jornada contabiliza a realização de 30 aç

Setores citam prejuízo e repudiam judicialização da desoneração

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu monocraticamente pontos da lei que prorroga a desoneração da folha de pagamento de municípios e de diversos setores produtivos até 2027. Na avaliação do magistrado, a norma não observou o que dispõe a Constituição quanto ao impacto orçamentário e financeiro. O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu pontos da lei que prorroga a desoneração da folha de pagamento de municípios e de diversos setores produtivos até 2027. Na avaliação do magistrado, a norma não observou o que dispõe a Constituição quanto ao impacto orçamentário e financeiro.  O governo está forçando a barra sobre um tema que já foi decidido pelo Congresso. O governo não aceita a decisão do Poder Legislativo. O governo não mostrou disponibilidade no ano passado para debater esse tema. Retirou a urgência nesse ano. Uma semana depois de retirar a urgência, entra no STF. O diálogo sempre vai existir, o governo é que não mostra disposição