A queda de vendas no Brasil resultou na paralisação total das linhas de montagem de veículos uruguaias daLifan e da Nordex. Todos os funcionários de ambas as unidades, cerca de 400 trabalhadores ao todo, estão no seguro-desemprego. A notícia foi divulgada pelo jornal uruguaio El Pais. A unidade da Lifan é responsável pela montagem do utilitário esportivo X60, o sedã LF 530 e a picape Foison. A Nordex produzia o caminhão Kia Bongo e modelos Geely.
O gerente-geral da Lifan no Uruguai, Pablo Revetria, recorda que a produção estava parada havia algum tempo. Em fevereiro a Lifan do Brasil já havia confirmado a interrupção nas atividades, com funcionários cumprindo layoff ou em férias coletivas. O diretor comercial no Brasil, Jair de Oliveira, já temia medidas mais drásticas até abril e a empresa adiou o lançamento do utilitário esportivo X50 ainda em 2016.
Segundo o gerente uruguaio da Lifan, a situação econômica, a crise política, a taxa de câmbio e a queda de vendas “tornaram-se problemas insustentáveis e a gestão da empresa na China decidiu parar a produção e enviar os trabalhadores para o seguro-desemprego”. De acordo com a reportagem do El Pais, Revetria continua a monitorar a situação no Brasil e a enviar relatórios para a matriz chinesa à espera de uma nova resolução.
A Lifan terá de lidar também com outras decisões: “É preciso definir se volta a produzir este ano e, em caso afirmativo, em que momento e com quantas pessoas. O fato é que o Brasil levará algum tempo para se recuperar. E quando a produção for retomada, sem dúvida será preciso menos gente do que tínhamos porque os volumes serão muito menores”, crê o gerente-geral. De acordo com a reportagem, 270 trabalhadores foram enviados para o seguro-desemprego.
O executivo reforça que os chineses continuarão presentes no Brasil e agora na Argentina (onde a Lifan começa a ingressar) e por isso manterão a fábrica uruguaia, só não se sabe quando recomeça a produção, já que a Lifan teria um estoque capaz de abastecer o Brasil por sete ou oito meses.
A situação da Nordex é semelhante. O diretor da empresa, Nelson Rebelo, informou ao jornal que a fábrica está parada, com seus 170 trabalhadores no seguro-desemprego. "A queda da economia brasileira nos levou a ficar sem atividade porque a maior parte da nossa produção vai para o Brasil, já que faz tempo que não exportamos para a Argentina e por isso estamos com estoque elevado”, disse o executivo.
Na Nordex também não há a intenção de parar de produzir definitivamente. Rebelo disse que a situação atual é a mesma da Lifan, mas com alta probabilidade de retomar a montagem de veículos em algumas semanas.
Segundo a Kia Motors do Brasil, a interrupção da montagem do Bongo no Uruguai é momentânea por causa da retração de mercado e será retomada assim que possível. O mesmo seria válido para os carros Geely, que são representados pelo mesmo grupo da Kia no Brasil.
Em 2015 o Uruguai exportou 30,2% menos carros que no ano anterior. Os fabricantes de autopeças instalados no país também sofrem as consequências da crise brasileira. Os embarques para o Brasil no primeiro bimestre caíram quase pela metade em relação ao mesmo período de 2015, de US$ 15,5 milhões para US$ 8,6 milhões, de acordo com o Instituto Uruguay XXI. As exportações totais em 2015 (US$ 196,2 milhões) recuaram 20,7%.
O gerente-geral da Lifan no Uruguai, Pablo Revetria, recorda que a produção estava parada havia algum tempo. Em fevereiro a Lifan do Brasil já havia confirmado a interrupção nas atividades, com funcionários cumprindo layoff ou em férias coletivas. O diretor comercial no Brasil, Jair de Oliveira, já temia medidas mais drásticas até abril e a empresa adiou o lançamento do utilitário esportivo X50 ainda em 2016.
Segundo o gerente uruguaio da Lifan, a situação econômica, a crise política, a taxa de câmbio e a queda de vendas “tornaram-se problemas insustentáveis e a gestão da empresa na China decidiu parar a produção e enviar os trabalhadores para o seguro-desemprego”. De acordo com a reportagem do El Pais, Revetria continua a monitorar a situação no Brasil e a enviar relatórios para a matriz chinesa à espera de uma nova resolução.
A Lifan terá de lidar também com outras decisões: “É preciso definir se volta a produzir este ano e, em caso afirmativo, em que momento e com quantas pessoas. O fato é que o Brasil levará algum tempo para se recuperar. E quando a produção for retomada, sem dúvida será preciso menos gente do que tínhamos porque os volumes serão muito menores”, crê o gerente-geral. De acordo com a reportagem, 270 trabalhadores foram enviados para o seguro-desemprego.
O executivo reforça que os chineses continuarão presentes no Brasil e agora na Argentina (onde a Lifan começa a ingressar) e por isso manterão a fábrica uruguaia, só não se sabe quando recomeça a produção, já que a Lifan teria um estoque capaz de abastecer o Brasil por sete ou oito meses.
A situação da Nordex é semelhante. O diretor da empresa, Nelson Rebelo, informou ao jornal que a fábrica está parada, com seus 170 trabalhadores no seguro-desemprego. "A queda da economia brasileira nos levou a ficar sem atividade porque a maior parte da nossa produção vai para o Brasil, já que faz tempo que não exportamos para a Argentina e por isso estamos com estoque elevado”, disse o executivo.
Na Nordex também não há a intenção de parar de produzir definitivamente. Rebelo disse que a situação atual é a mesma da Lifan, mas com alta probabilidade de retomar a montagem de veículos em algumas semanas.
Segundo a Kia Motors do Brasil, a interrupção da montagem do Bongo no Uruguai é momentânea por causa da retração de mercado e será retomada assim que possível. O mesmo seria válido para os carros Geely, que são representados pelo mesmo grupo da Kia no Brasil.
Em 2015 o Uruguai exportou 30,2% menos carros que no ano anterior. Os fabricantes de autopeças instalados no país também sofrem as consequências da crise brasileira. Os embarques para o Brasil no primeiro bimestre caíram quase pela metade em relação ao mesmo período de 2015, de US$ 15,5 milhões para US$ 8,6 milhões, de acordo com o Instituto Uruguay XXI. As exportações totais em 2015 (US$ 196,2 milhões) recuaram 20,7%.
fonte: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23673/fabricas-da-lifan-e-nordex-param-no-uruguai-
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