Toyota Etios e Prius, Volkswagen Up e Peugeot usam receitas diferentes para ganhar em economia de combustível (Foto: Divulgação)
Fabricantes de automóveis no Brasil têm até o ano que vem para tornar seus carros mais econômicos e receber, em troca, incentivos tributários do governo. Esta é a base do programa Inovar-Auto, que começou a vigorar em 2013 e vai durar, nos moldes atuais, até 2017.
A partir desta premissa, cada fabricante tem apostado em uma (ou mais) tecnologia para reduzir consumo de combustível e emissão de poluentes.
E o maior beneficiário desta “corrida pela economia” é o consumidor.
O G1 mostra quatro receitas consagradas dos campeões em consumo da última lista do Inmetro do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular.
No Brasil, o exemplo mais recorrente é a nova geração de motores 3 cilindros. O mais eficiente, segundo o Inmetro, é o 1.2 PureTech do Peugeot 208. Ele chegou ao país em abril, substituindo um 1.5 de quatro cilindros.
Tem bloco e cabeçote de alumínio, que ajudam na redução de peso e duplo comando variável de válvulas, que ajudam a otimizar o uso do combustível, além de proporcionar melhor desempenho.
Apesar de ter 3 cavalos a menos, 90 cv, ele é 37% mais econômico. Na estrada, o hatch consegue percorrer até 16,9 km com um litro de gasolina, de acordo com o Inmetro. É o veículo mais econômico do país, considerando aqueles apenas com motor a combustão.
Graças às turbinas, com diferentes tamanhos e geometria variável, as marcas puderam abrir mão de motores maiores, sem ter que sacrificar o prazer de dirigir. Entre os veículos mais acessíveis, o Volkswagen Up TSI é um dos poucos que contam com tal tecnologia – Hyundai HB20 e Ford Fiesta são outros exemplos.
O consumo do Volkswagen faz dele um dos mais econômicos do país. Ele perde apenas para os híbridos (que combinam motor elétrico com outro a combustão) e os motores 1.2 da família PureTech, da Peugeot.
Assim como o 208, o Up TSI também tem motor de alumínio e duplo comando variável de válvulas. Ele ainda traz injeção direta, que injeta o combustível diretamente na câmara de combustão. Isso faz com que apenas a quantidade certa seja introduzida no momento certo, evitando disperdícios.
No exterior, já é possível adquirir um carro híbrido investindo pouca coisa a mais do que um veículo equivalente a combustão, graças aos incentivos governamentais. No Brasil, mesmo com alguns benefícios tributários, ainda é difícil encontrar veículos híbridos rodando. Além dos valores elevados (não há nenhum modelo por menos de R$ 120 mil), a oferta é muito reduzida.
Um dos poucos híbridos à venda no Brasil, o Toyota Prius é o veículo mais ecoômico do país, segundo o ranking atual do Inmetro. O consumo urbano melhor do que o rodoviário é explicado pelo maior uso do motor elétrico, que praticamente não atua em ciclo rodoviário. Na cidade, ainda há a frenagem regenerativa, que recupera a energia das frenagens e a transforma em carga para a bateria.
Ainda assim, é possível que motores a combustão mais "tradicionais" sejam eficientes e apresentem bons números de consumo de combustível. Para isso, algumas marcas têm buscado soluções como duplo comando variável de válvulas e peças com menor atrito, capazes de reduzir o prejuízo energético, melhorando o consumo.
Uma prova disso é o novo motor 1.3 do Etios. A Toyota retrabalhou este motor, reduzindo o atrito das partes móveis, e adorou duplo comando variável de válvulas, fazendo dele um dos veículos mais econômicos do Brasil.
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