A fabricante de aeronaves Embraer negocia a suspensão temporária de contratos (layoff) de até dois mil funcionários da fábrica de São José dos Campos.
A medida valeria de dois a cinco meses, a partir de janeiro de 2017, e o afastamento seria dividido em grupos ao longo de dois anos.
De acordo com a Embraer, a medida está em negociação com o sindicato da categoria e tem o objetivo de ajustar o ritmo do trabalho à queda da demanda global por produtos e serviços. A fabricante de aeronaves informou que uma reunião sobre o tema está agendada para 23 de novembro.
A medida valeria de dois a cinco meses, a partir de janeiro de 2017, e o afastamento seria dividido em grupos ao longo de dois anos.
De acordo com a Embraer, a medida está em negociação com o sindicato da categoria e tem o objetivo de ajustar o ritmo do trabalho à queda da demanda global por produtos e serviços. A fabricante de aeronaves informou que uma reunião sobre o tema está agendada para 23 de novembro.
Por nota, a empresa justificou que o layoff é uma alternativa para cortar custos e para que não haja mais demissões na unidade. Neste ano, cerca de 1,5 mil trabalhadores foram dispensados por meio de Planos de Demissões Voluntárias.
"O layoff é uma alternativa que possibilita à empresa diminuir temporariamente os custos, contribuindo para que a empresa ultrapasse o período de baixa demanda e ociosidade passageira, para continuar a produzir normalmente em um cenário mais favorável. Ao mesmo tempo, o layoff permite ao empregado preservar o vínculo empregatício, retornando às condições normais de trabalho ao final do período", justificou em nota.
A Embraer ainda informou que a medida afetaria inicialmente equipes de produção, mas poderia ser estendida para as demais áreas da empresa. Durante o afastamento, os empregados devem participar de cursos ou programas de qualificação profissional.
Jornada
O Sindicato dos Metalúrgicos criticou o anúncio e pretende apresentar uma contraproposta à empresa. A entidade disse que soube do layoff em reunião realizada hoje por volta de 13h com a direção Embraer.
O Sindicato dos Metalúrgicos criticou o anúncio e pretende apresentar uma contraproposta à empresa. A entidade disse que soube do layoff em reunião realizada hoje por volta de 13h com a direção Embraer.
"Vamos propor a redução da jornada semanal, de 43 para 40 horas. No conjunto dos 13 mil funcionários, dá uma boa economia para a empresa", disse o diretor do sindicato, Herbert Claros.
Caso essa medida não seja possível, o sindicato pretende cobrar da Embraer a garantia de manutenção dos empregos após o layoff.
A entidade acusa a Embraer de promover demissões e cortes de benefícios para os funcionários para economizar e conseguir pagar uma multa milionária em processo no qual é acusada de pagar propina a agentes públicos para conseguir fechar contratos.
Crise
Desde agosto, a Embraer tem adotado um pacote de ações para reduzir em cerca de US$ 200 milhões ao ano as despesas da companhia. Além do desligamento de cerca de 1,5 mil trabalhadores por meio de Plano de Demissões Voluntárias, a empresa também adotou férias coletivas.
No fim de outubro, a Embraer firmou acordo para pagar cerca de US$ 206 milhões a autoridades brasileiras e norte-americanas para encerrar acusações envolvendo o pagamento de propina e práticas irregulares em negócios fechados na República Dominicana, Arábia Saudita, Moçambique e Índia.
Desde agosto, a Embraer tem adotado um pacote de ações para reduzir em cerca de US$ 200 milhões ao ano as despesas da companhia. Além do desligamento de cerca de 1,5 mil trabalhadores por meio de Plano de Demissões Voluntárias, a empresa também adotou férias coletivas.
No fim de outubro, a Embraer firmou acordo para pagar cerca de US$ 206 milhões a autoridades brasileiras e norte-americanas para encerrar acusações envolvendo o pagamento de propina e práticas irregulares em negócios fechados na República Dominicana, Arábia Saudita, Moçambique e Índia.
A fabricante de aeronaves não especificou quanto será pago a cada país, mas a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou que, só no Brasil, será paga uma multa de R$ 64 milhões para encerrar a investigação no órgão e no Ministério Público Federal (MPF).
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