A partir de 2 de maio a unidade da Volkswagen em São José dos Pinhais, PR, passará a operar com apenas um turno de produção. Os 580 operários que atuam no segundo turno entrarão em lay off por cinco meses, até 2 de outubro.
De acordo com a Volkswagen, o motivo para a adoção da ferramenta de flexibilização, prevista em acordo coletivo desde 2020, é a falta de semicondutores.
O lay off pode se estender por até oito meses se necessário, informação que foi antecipada pela Agência AutoData no fim de março, quando a empresa protocolara o pedido junto ao Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e Região.
O volume de trabalhadores que permanecerá em casa pelos cinco meses equivale a 26,3% do efetivo total, composto por 2,2 mil.
A fábrica do Paraná produz apenas o SUV T-Cross. Com a suspensão do segundo turno a quantidade de carros produzida diariamente passará de 500 unidades para 310, de acordo com o sindicato.
A escassez de semicondutores trouxe redução no ritmo de fabricação em outras unidades da Volkswagen. De 18 a 22 de abril cerca de 2 mil operários da unidade Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP, ficaram em casa por causa de parada não programada por falta de peças, com desconto no banco de horas.
No local são produzidos Nivus, Virtus, Polo e Saveiro, sendo que os três primeiros são os mais afetados por terem mais tecnologia embarcada e, portanto, demandarem mais semicondutores.
Em Taubaté, SP, de onde saem Gol e Voyage, a companhia retomou o segundo turno em 4 de abril, após dois meses de lay off. A unidade também parou por uma semana, mas por motivo distinto: prepara-se para receber nova família de compactos do projeto Polo Track, sobre a plataforma MQB, que será lançada em 2023.
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