As dificuldades das negociações salariais do segundo semestre têm como exemplo de impasse os bancários. A categoria - formada por mais de 500 mil trabalhadores em todo o País - entrou em greve no dia 6. Eles reivindicam reajuste de 16%, enquanto os bancos oferecem 5,5%. "Poucas vezes a diferença entre o que se pede e o que é oferecido ficou tão distante", diz Hélio Zylberstajn, coordenador da pesquisa de negociação salarial da Fipe. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) afirma que a proposta mais ampla inclui o reajuste, um abono de R$ 2,5 mil e a participação nos lucros (PLR). Esse conjunto aplicado, por exemplo, ao piso salarial de um caixa bancário, de R$ 2,56 mil, pode garantir até o equivalente a quatro salários. "Essa proposta resulta num aumento de remuneração para a categoria que cobre a estimativa de inflação para os próximos 12 meses", diz a Fenaban."Os bancos estão sendo oportunistas e querem se aproveitar da crise para acabar com o modelo de
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