PÉSSIMO ADMINISTRADOR: Investimentos em Taubaté acabam comprometidos por despesas excessivas com o pagamento do funcionalismo municipal, que já ultrapassou o limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal
JULIO CODAZZI
TAUBATÉ
TAUBATÉ
Assim que assumir a prefeitura de Taubaté, Ortiz Junior (PSDB) terá que resolver um grave problema deixado pelo atual prefeito Roberto Peixoto (sem partido): uma folha de pagamento inchada, que compromete investimentos da administração municipal.
Segundo o último balancete apresentado pela prefeitura à Câmara, em setembro, os gastos com os salários dos servidores superavam 57% do Orçamento -- o máximo permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal é 54%.
“O prudente seria não deixar esse índice passar de 51%. Mas, pelo que sabemos, ele já teria superado 60%”, afirmou o vereador Rodrigo Luís Silva, o Digão (PSDB).
“Se você é obrigado a investir 25% em Educação, 15% em Saúde e ainda extrapola os gastos com a folha, que deveriam ficar bem abaixo de 54%, não sobra quase nada para investir em outras áreas”, disse o vereador Chico Saad (PMDB).
Gasto. A prefeitura mantém hoje 8.247 servidores -- entre ativos, inativos, estagiários, aposentados e pensionistas.
Em outubro, o gasto com o salário bruto dos funcionários chegou a R$ 30,89 milhões -- cerca de 5% do Orçamento previsto para o ano todo.
Na última semana, a administração teve problemas para quitar a primeira parcela do 13º salário -- o pagamento, que devia ter sido feito no dia 10, só caiu nas contas dos trabalhadores no dia 14.
Ortiz Junior já afirmou que pretende enxugar a folha -- a ideia seria reduzir o número de funcionários comissionados e nomear servidores de carreira para esses cargos.
“O gasto atual com folha de pagamento é enorme, bem acima do aceitável. A prefeitura está muito desorganizada”, afirmou o coordenador da equipe de transição do prefeito eleito, Diego Ortiz.
Farra. Outra preocupação de Junior é com as licitações abertas por Peixoto no fim de seu mandato. Foram pelo menos cinco desde o mês de novembro.
Ao todo, esses processos podem custar até R$ 10,5 milhões aos cofres públicos. No entanto, alguns desses contratos foram contestados na Justiça.
Outro lado. A prefeitura não quis comentar o comprometimento do Orçamento. Em nota, a administração informou que “todos os dados referentes à situação financeira da prefeitura serão repassados” à equipe de transição de Junior.
Mas, até agora, nenhuma informação solicitada pelos assessores do tucano foi repassada pela equipe de Peixoto.
Licitações podem chegar a R$ 10,5 milhões
TAUBATÉ
Nos últimos dois meses de governo, após a eleição de Ortiz Junior, o prefeito Roberto Peixoto abriu ao menos cinco grandes licitações que podem custar até R$ 10,5 milhões aos cofres públicos.
Em novembro, foi aberta uma concorrência de R$ 3,9 milhões para obras de contenção em um córrego e uma tomada de preços de R$ 721 mil para a conclusão das obras do Pronto Socorro Municipal.
Em dezembro, foi a vez do pregão de R$ 1,4 milhão para aquisição de livros e da concorrência de R$ 4,5 milhões para a coleta do lixo. Além disso, Peixoto tentou ‘leiloar’ a folha de pagamento da prefeitura.
Esse último processo poderia render cerca de R$ 12 milhões para a administração municipal, mas foi suspenso pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) a pedido da equipe de transição de Junior.
Críticas. “O Peixoto não poderia tomar essas atitudes sem nos consultar, precisa saber o que o futuro governo pensa”, disse o coordenador da equipe, Diego Ortiz.
A aquisição dos livros também foi suspensa pela Justiça.
“São decisões que caberiam ao novo prefeito, ele que vai estar no cargo quando a conta chegar”, afirmou o vereador Carlos Peixoto (PMDB).
Segundo o último balancete apresentado pela prefeitura à Câmara, em setembro, os gastos com os salários dos servidores superavam 57% do Orçamento -- o máximo permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal é 54%.
“O prudente seria não deixar esse índice passar de 51%. Mas, pelo que sabemos, ele já teria superado 60%”, afirmou o vereador Rodrigo Luís Silva, o Digão (PSDB).
“Se você é obrigado a investir 25% em Educação, 15% em Saúde e ainda extrapola os gastos com a folha, que deveriam ficar bem abaixo de 54%, não sobra quase nada para investir em outras áreas”, disse o vereador Chico Saad (PMDB).
Gasto. A prefeitura mantém hoje 8.247 servidores -- entre ativos, inativos, estagiários, aposentados e pensionistas.
Em outubro, o gasto com o salário bruto dos funcionários chegou a R$ 30,89 milhões -- cerca de 5% do Orçamento previsto para o ano todo.
Na última semana, a administração teve problemas para quitar a primeira parcela do 13º salário -- o pagamento, que devia ter sido feito no dia 10, só caiu nas contas dos trabalhadores no dia 14.
Ortiz Junior já afirmou que pretende enxugar a folha -- a ideia seria reduzir o número de funcionários comissionados e nomear servidores de carreira para esses cargos.
“O gasto atual com folha de pagamento é enorme, bem acima do aceitável. A prefeitura está muito desorganizada”, afirmou o coordenador da equipe de transição do prefeito eleito, Diego Ortiz.
Farra. Outra preocupação de Junior é com as licitações abertas por Peixoto no fim de seu mandato. Foram pelo menos cinco desde o mês de novembro.
Ao todo, esses processos podem custar até R$ 10,5 milhões aos cofres públicos. No entanto, alguns desses contratos foram contestados na Justiça.
Outro lado. A prefeitura não quis comentar o comprometimento do Orçamento. Em nota, a administração informou que “todos os dados referentes à situação financeira da prefeitura serão repassados” à equipe de transição de Junior.
Mas, até agora, nenhuma informação solicitada pelos assessores do tucano foi repassada pela equipe de Peixoto.
Licitações podem chegar a R$ 10,5 milhões
TAUBATÉ
Nos últimos dois meses de governo, após a eleição de Ortiz Junior, o prefeito Roberto Peixoto abriu ao menos cinco grandes licitações que podem custar até R$ 10,5 milhões aos cofres públicos.
Em novembro, foi aberta uma concorrência de R$ 3,9 milhões para obras de contenção em um córrego e uma tomada de preços de R$ 721 mil para a conclusão das obras do Pronto Socorro Municipal.
Em dezembro, foi a vez do pregão de R$ 1,4 milhão para aquisição de livros e da concorrência de R$ 4,5 milhões para a coleta do lixo. Além disso, Peixoto tentou ‘leiloar’ a folha de pagamento da prefeitura.
Esse último processo poderia render cerca de R$ 12 milhões para a administração municipal, mas foi suspenso pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) a pedido da equipe de transição de Junior.
Críticas. “O Peixoto não poderia tomar essas atitudes sem nos consultar, precisa saber o que o futuro governo pensa”, disse o coordenador da equipe, Diego Ortiz.
A aquisição dos livros também foi suspensa pela Justiça.
“São decisões que caberiam ao novo prefeito, ele que vai estar no cargo quando a conta chegar”, afirmou o vereador Carlos Peixoto (PMDB).
Comentários