A Copa do Mundo não só não ajudou a aumentar a venda de veículos no país como também tem tirado potenciais compradores das concessionárias, revela nesta terça-feira (13) a Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa).
Entre os efeitos da Copa, as importadoras destacaram o aumento da venda de televisões no país, o que, na análise das empresas, provoca o adiamento de compra ou troca de carro de muitas famílias.
“No ano passado, vendeu-se 12 milhões de televisões no Brasil. Este ano, serão 16 milhões. Quatro milhões de televisões a mais que vão ser vendidas até a Copa do Mundo representam 150 mil carros a menos em termos de poder aquisitivo do comprador”, estimou Sergio Habib, vice-presidente da Abeifa. Dados divulgados nesta terça-feira (13) pela associação apontam uma queda de 29% nas vendas das marcas associadas à Abeifa em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, o recuo é de 5,3%.
Diante do resultado, as importadoras já revisaram sua previsão para o ano. A Abeif projetava a venda de 120 mil unidades em 2014. Agora, a associação avalia que se conseguir empatar com 2013 (111 mil carros vendidos) já será um bom resultado.
“Não vejo a hora dessa Copa do Mundo acabar, para ser muito sincero”, desabafou o presidente da associação, Marcel Visconde. “Até então o efeito da Copa não tem sido nada agradável com relação a busca de consumo ou a troca do carro 0 km”, acrescentou.
Ele lembrou ainda que as concessionárias terão vários dias sem vendas durante o mês da Copa em razão dos feriados e da obrigatoriedade de fechamento de todo o comércio localizado a um raio de 5 km dos estádios nos dias de jogos.
As importadoras rebateram a avaliação do Ministério da Fazenda de que a queda nas vendas de veículos estaria sendo influenciada pela falta de crédito.
“A queda de venda é falta de demanda. Não houve nenhum aumento na restrição de crédito ou diminuição na oferta de crédito”, disse Habib.
“Não existe nenhum tipo de colapso de crédito nem tampouco uma situação diferente com relação ao ano passado”, concordou Visconde.
Segundo os executivos, os critérios de seletividade dos bancos permanecem os mesmos. “A oferta de crédito está abundante e a restrição dos bancos em aprovar ficha está exatamente a mesma do que era um ano atrás, destacou o presidente da Abeifa.
A associação também destacou o baixo nível de confiança do consumidor como um dos fatores de pressão nas vendas. “O clima no Brasil não é favorável para a compra de bem durável, para investir e se endividar”, disse Habib.
Apesar do pessimismo, as importadoras afirmam continuar apostando no potencial de crescimento do mercado brasileiro, ainda que em ritmo menor do que o registrado nos últimos anos.
“Assim que o Brasil voltar a crescer acima de 2%, 3%, o mercado de automóveis continuará a crescer. Acredito que o mercado vai para 5 milhões de carros nos próximos anos”, avaliou o vice-presidente da associação, lembrando que o número de veículos vendidos por ano no país tem girado ao redor de 3,5 milhões de unidades desde 2011.
Visconde, porém, é mais cauteloso. “Passamos por uma mudança de faixa de crescimento nos últimos anos. Acho que o crescimento que foi desfrutado pela indústria nos últimos 3 anos talvez não será repetido nos próximos 3 anos pelo menos”, disse.
As importadoras rebateram a avaliação do Ministério da Fazenda de que a queda nas vendas de veículos estaria sendo influenciada pela falta de crédito.
“A queda de venda é falta de demanda. Não houve nenhum aumento na restrição de crédito ou diminuição na oferta de crédito”, disse Habib.
“Não existe nenhum tipo de colapso de crédito nem tampouco uma situação diferente com relação ao ano passado”, concordou Visconde.
Segundo os executivos, os critérios de seletividade dos bancos permanecem os mesmos. “A oferta de crédito está abundante e a restrição dos bancos em aprovar ficha está exatamente a mesma do que era um ano atrás, destacou o presidente da Abeifa.
A associação também destacou o baixo nível de confiança do consumidor como um dos fatores de pressão nas vendas. “O clima no Brasil não é favorável para a compra de bem durável, para investir e se endividar”, disse Habib.
Apesar do pessimismo, as importadoras afirmam continuar apostando no potencial de crescimento do mercado brasileiro, ainda que em ritmo menor do que o registrado nos últimos anos.
“Assim que o Brasil voltar a crescer acima de 2%, 3%, o mercado de automóveis continuará a crescer. Acredito que o mercado vai para 5 milhões de carros nos próximos anos”, avaliou o vice-presidente da associação, lembrando que o número de veículos vendidos por ano no país tem girado ao redor de 3,5 milhões de unidades desde 2011.
Visconde, porém, é mais cauteloso. “Passamos por uma mudança de faixa de crescimento nos últimos anos. Acho que o crescimento que foi desfrutado pela indústria nos últimos 3 anos talvez não será repetido nos próximos 3 anos pelo menos”, disse.
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