Segunda rodada de negociações começou por
volta das 10h30. (Foto: Daniel Corrá/G1)
Na segunda reunião entre representantes da General Motors e do Sindicato dos Metalúrgicos, nesta sexta-feira (8), a entidade cobrou detalhes da montadora sobre o plano para a suspensão dos contratos de trabalho ('layoff') na unidade de São José dos Campos. A empresa informou no mês passado a necessidade de implantar a medida para adequar a produção à desaceleração do mercado.
Durante o encontro, que durou pouco mais de uma hora, a GM assumiu o compromisso de detalhar a proposta ao sindicato por meio de um ofício até a próxima quarta-feira (13). A montadora deve informar quantos funcionários serão atingidos, quais os setores e período.
O 'layoff' só pode ser adotado com a aprovação do Sindicato, que informou que irá avaliar se discute ou não a proposta somente após receber o documento com as especificações do sistema por parte da empresa.
"Topamos discutir o layoff somente quando a empresa garantir a estabilidade nos empregos dos trabalhadores", afirmou Antonio Ferreira de Barros 'Macapá', presidente do Sindicato dos Metalúrgicos.Atualmente a montadora emprega cerca de 5 mil trabalhadores e produz os modelos S-10 e Trailblazer. Nenhum representante da empresa quis se pronunciar após a reunião desta sexta-feira.
Demissões
O último 'layoff' adotado pela empresa aconteceu a partir de agosto de 2012, após anúncio da intenção da montadora de fechar o setor de Montagem de Veículos Automotores (MVA), responsável pela produção de quatro modelos. Na ocasião, 940 funcionários participaram da medida.
Em março de 2013, após o retorno destes trabalhadores à linha de montagem, 598 funcionários foram demitidos. O setor reduziu a produção ao longo do ano e em dezembro encerrou definitivamente as atividades em 31 de dezembro, demitindo outros 687 empregados. Somente no ano passado, foram fechados mais de 1,2 mil postos de trabalho no complexo industrial de São José.
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