Dez pessoas morreram e 30 mil ficaram desalojadas no estado americano do Texas na passagem do furacão Harvey, no fim de semana. Houston, a quarta maior metrópole americana, está debaixo d’água.
Parece que um rio passou a cortar a cidade e os bairros passaram a ser ligados por canais; 5.500 pessoas tiveram que deixar as suas casas em uma cidade que, como tantas outras, não foi feita para tanta chuva.
O governo então pediu ajuda. Quem tivesse um barco, que partisse para o resgate. E um vaivém de todo tipo de coisa que boia passou a circular nessa "nova" Houston, enquanto os helicópteros da Guarda Costeira sobrevoavam e também tiravam gente da enchente. Muitos moradores foram levados para o centro de convenções da cidade, que virou abrigo.
Quando o furacão Harvey chegou na costa do Texas, na madrugada de sábado (26), ele era de categoria 4 em uma escala que vai até 5. Depois virou uma tempestade tropical.
Agora, os meteorologistas dizem que o centro da tempestade está sobre o Golfo do México, mas vai voltar a atingir a costa nos próximos dias, trazendo ainda mais chuva.
O prefeito de Houston alertou que dois reservatórios de água tiveram que ser abertos, o que deve agravar ainda mais a inundação.
O presidente Donald Trump deve ir para o Texas na terça-feira (29), mas já liberou recursos de emergência. Esse dinheiro deve ser usado para reconstruir casas e salvar pequenos negócios.
Nos últimos anos, Houston cresceu muito e o chão recebeu muito mais cimento. A água não tem para onde escoar. No processo de desenvolvimento, ninguém lembrou que ali é rota de furacão e que as chuvas vão vir, uma hora ou outra.
A impermeabilização do solo é uma consequência do crescimento sem planejamento em áreas urbanas do mundo todo. A gente vê o impacto das chuvas nas nossas grandes cidades. A resposta da natureza se traduz em cifras que, talvez assim, consigamos entender: a estimativa é que Harvey possa deixar um prejuízo de mais de US$ 20 bilhões.
fonte: http://g1.globo.com
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