Uma nona colocação e apenas dois pontos em cinco corridas. Um aproveitamento pífio de 1,6% dos pontos disputados em 2012. E o pior início de campeonato desde que fez sua estreia na F-1, em 2002.É com esse saldo que Felipe Massa chega para a sexta etapa do Mundial deste ano, o GP de Mônaco, às 9h (de Brasília) deste domingo, cujos primeiros treinos livres foram realizados ontem, já que no principado a sexta-feira não possui atividades na pista.
E é em Montecarlo, cenário de um de seus melhores momentos na categoria --a excepcional pole de 2008--, que Massa tenta pôr fim à má fase que vive e que pode lhe custar o cockpit na Ferrari.
"Esta é praticamente minha segunda casa e, por ser uma corrida tão diferente das outras, acho que é o lugar ideal para começar um campeonato bem diferente do que tive até agora. Vamos torcer para que o bom começo continue por todo o fim de semana", declarou Massa, que ontem fez o terceiro melhor tempo na sessão da tarde --o mais veloz foi Jenson Button.
"Passei por momentos difíceis na carreira, mas talvez este seja o mais complicado."
Começou sem completar o GP da Austrália depois de um acidente com Bruno Senna. Na Malásia foi o 15º. No GP chinês, melhorou duas posições e chegou em 13º. No Bahrein, conseguiu a nona posição, mas em Barcelona, há duas semanas, foi só o 15º.Realmente a situação do brasileiro está bem longe de ser confortável. Sem vencer uma corrida desde o GP Brasil de 2008 e sem subir no pódio desde a Coreia em 2010, Massa chegou só uma vez na zona de pontuação neste ano.
Nem em seus primeiros anos na categoria, com a Sauber, Massa teve um início tão fraco. Até então, seu pior começo de Mundial havia sido em 2004, quando após cinco etapas somava apenas um ponto pelo sistema da época, no qual somente os oito primeiros colocados pontuavam --usando o sistema atual, ele já teria anotado seis pontos.
Para piorar, seu concorrente direto, Fernando Alonso, fez um brilhante início de ano e é o segundo colocado no Mundial, com os mesmos 61 pontos de Sebastian Vettel.
Desempenhos tão discrepantes fizeram a Ferrari perder a paciência com o brasileiro. Após o GP da Espanha, Stefano Domenicali cobrou Massa publicamente ao dizer que a equipe precisava de sua ajuda para somar pontos no Mundial de Construtores.
"Claro que a equipe me cobra, mas a maior cobrança é a minha. Acho que o importante agora é focar para sair desta situação, porque a parte técnica e psicológica estão juntas. Na hora que eu conseguir consertar uma, a outra também melhora", disse o piloto, que tem contrato com a Ferrari até o final do ano.Porto próximo ao circuito do GP de Mônaco Leia mais
Comentários