INDUSTRIA AUTOMOBILÍSTICA: Apresentamos, com exclusidade, todos os sabores da receita da GM para azedar a vida do EcoSport
Eis a cara definitiva do Chevrolet Enjoy, o SUV que a GM prepara para enfrentar o novo Ford EcoSport. Aqui você confere, com exclusividade, o primeiro flagra do modelo rodando em testes por estradas americanas. Mais que revelar o avançado estágio de desenvolvimento do projeto, as fotos desvendam o segredo mais bem guardado sobre o novo SUV: ele terá design exclusivo em relação aos irmãos Buick Encore e Opel Mokka, marcas que pertencem à GM.
Até então, pensava-se que o Chevrolet Enjoy fosse exibir linhas idênticas às de Encore e Mokka. Ou seja, o processo de “chevrolização” do SUV vai muito além da colocação da gravatinha borboleta dourada, o logotipo da marca.
Até então, pensava-se que o Chevrolet Enjoy fosse exibir linhas idênticas às de Encore e Mokka. Ou seja, o processo de “chevrolização” do SUV vai muito além da colocação da gravatinha borboleta dourada, o logotipo da marca.
Confuso? “Nem um pouco”, explica uma fonte ligada à fábrica. “Trata-se de um produto global. Nos EUA e na China o SUV será vendido como Buick; na Europa, como Opel. Enquanto isso, no Brasil e na Coreia, será Chevrolet.”
Grade dianteira, faróis e para-choques terão linhas inéditas, como você compara na projeção ao lado. O desenho do Enjoy, a propósito, foi criado pelo centro de design da Chevrolet nos EUA, com participação dos estúdios brasileiro e coreano. As mudanças, no entanto, não impactam no formato do capô e do para-lamas, o que provocaria (forte) investimento extra. Assim, em relação ao Encore, o nosso Enjoy irá exibir a identidade da Chevrolet sem mexer na estamparia do Buick. A palavra de ordem que se ouve nos corredores da GM pós-crise de 2008 (que quase a levou à falência) é “reduzir custos e ganhar em economia de escala.”
Como ocorre lá na dianteira, a traseira também terá desenho exclusivo. Enquanto no Encore as lanternas avançam de forma acentuada pela lateral, o impulso será tímido no Enjoy. Repare que o formato do vidro traseiro também é distinto, assim como o para-choque, que terá uma espécie de parênteses invertidos na parte com plástico à mostra.
Como ocorre lá na dianteira, a traseira também terá desenho exclusivo. Enquanto no Encore as lanternas avançam de forma acentuada pela lateral, o impulso será tímido no Enjoy. Repare que o formato do vidro traseiro também é distinto, assim como o para-choque, que terá uma espécie de parênteses invertidos na parte com plástico à mostra.
Por dentro, o Chevrolet irá manter o desenho e o (bom) padrão de acabamento de Buick e Opel. As molduras das saídas de ar e as da alavanca de câmbio contarão com plástico acinzentado que imita aço escovado. Já o cromado ficará reservado às maçanetas internas e externas (na opção topo de linha) e em volta dos mostradores do quadro de instrumento e do ar-condicionado. Um computador de bordo, com tela de 6 polegadas, será colocado no centro do painel.
ENTRE DUSTER E ECO
O Enjoy será maior que o atual EcoSport, mas um pouco menor que o Renault Duster. São 4,28 m de comprimento (3 cm a menos que o Renault) e 2,55 m de entre-eixos (12 cm mais curto que o Duster, porém 6 cm maior que o do atual Eco). Se na altura em relação ao solo ele também perde para o Duster (16 cm x 21 cm), o Chevrolet será imbatível na capacidade do porta-malas: 480 litros, ante 400 l do Renault e 320 l do Eco atual. E, diferentemente dos rivais, a versão topo de linha será equipada com rodas de 18 polegadas calçadas em pneus 215/55. “A tendência nos SUVs é que eles fiquem cada vez menos aventureiros e mais sofisticados. Por isso a moda do estepe preso na tampa do porta-malas já era”, explica uma fonte ligada à GM.
O Enjoy começa a ser produzido no México no começo do ano que vem. De lá, abastecerá o Brasil – os dois países mantêm, apesar dos atuais conflitos, acordo de livre comércio na área automotiva. A direção da GM acredita que as cotas estabelecidas não afetaram os negócios. A propósito, os mexicanos Sonic hatch e sedã começam a ser vendidos no País em menos de dois meses.
O Enjoy será maior que o atual EcoSport, mas um pouco menor que o Renault Duster. São 4,28 m de comprimento (3 cm a menos que o Renault) e 2,55 m de entre-eixos (12 cm mais curto que o Duster, porém 6 cm maior que o do atual Eco). Se na altura em relação ao solo ele também perde para o Duster (16 cm x 21 cm), o Chevrolet será imbatível na capacidade do porta-malas: 480 litros, ante 400 l do Renault e 320 l do Eco atual. E, diferentemente dos rivais, a versão topo de linha será equipada com rodas de 18 polegadas calçadas em pneus 215/55. “A tendência nos SUVs é que eles fiquem cada vez menos aventureiros e mais sofisticados. Por isso a moda do estepe preso na tampa do porta-malas já era”, explica uma fonte ligada à GM.
O Enjoy começa a ser produzido no México no começo do ano que vem. De lá, abastecerá o Brasil – os dois países mantêm, apesar dos atuais conflitos, acordo de livre comércio na área automotiva. A direção da GM acredita que as cotas estabelecidas não afetaram os negócios. A propósito, os mexicanos Sonic hatch e sedã começam a ser vendidos no País em menos de dois meses.
144 CV
A semelhança com o Sonic vai além do local de fabricação. O Enjoy dividirá plataforma com o compacto, no caso a Gamma II. Seu conjunto mecânico virá do Cruze. Ou seja, o SUV será equipado com o refinado motor 1.8 Ecotec de 140 cv a 6.300 rpm e 17,8 mkgf a 3.800 a gasolina. Com o uso do etanol a potência sobe para 144 cv, enquanto o torque pula para 18,9 mkgf. Em sua versão de entrada, que contará com motor 1.6 Sigma, o novo EcoSport terá 115 cv e 16,2 mkgf.
Embora refinado, o 1.8 Ecotec não é campeão de economia. No Cruze o motor faz, com etanol, 6,4 km/l na cidade e 9,2 km/l na estrada. Além do motor 1.8, a GM estuda equipar o Enjoy com o recém-lançado motor 1.4 turbo, também presente na família Sonic.
Ele é mais forte – são 19,4 mkgf de torque – e econômico: faz 14,2 km com um litro de gasolina na estrada. O Enjoy chega no início de 2013 na versão 4x2. A 4x4 vem a seguir.
A semelhança com o Sonic vai além do local de fabricação. O Enjoy dividirá plataforma com o compacto, no caso a Gamma II. Seu conjunto mecânico virá do Cruze. Ou seja, o SUV será equipado com o refinado motor 1.8 Ecotec de 140 cv a 6.300 rpm e 17,8 mkgf a 3.800 a gasolina. Com o uso do etanol a potência sobe para 144 cv, enquanto o torque pula para 18,9 mkgf. Em sua versão de entrada, que contará com motor 1.6 Sigma, o novo EcoSport terá 115 cv e 16,2 mkgf.
Embora refinado, o 1.8 Ecotec não é campeão de economia. No Cruze o motor faz, com etanol, 6,4 km/l na cidade e 9,2 km/l na estrada. Além do motor 1.8, a GM estuda equipar o Enjoy com o recém-lançado motor 1.4 turbo, também presente na família Sonic.
Ele é mais forte – são 19,4 mkgf de torque – e econômico: faz 14,2 km com um litro de gasolina na estrada. O Enjoy chega no início de 2013 na versão 4x2. A 4x4 vem a seguir.
Preço? “Ainda é cedo”, diz a fonte da GM, que deixa escapar: “Seremos competitivos em todos os segmentos em que atuamos ou vamos atuar.” Hoje, seus principais concorrentes, Renault Duster e Ford EcoSport, partem de R$ 50 mil e chegam a R$ 65 mil. “Não vamos fugir dessa margem. Chegaremos para azedar a vida do EcoSport”, alfineta.
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