INDUSTRIA AUTOMOBILÍSTICA: Valor pode chegar a R$ 15.335,86. O acordo supera em 12% a PLR 2011. A antecipação será paga este mês e vai injetar R$ 52,2 milhões na economia da cidade
São José dos Campos
Debate sobre vagas fica de fora
são José dos campos
Ao contrário da expectativa do sindicato, a discussão sobre o futuro da fábrica da General Motors em São José ficou fora da pauta dos encontros das últimas semanas, quando as partes se reuniram para tratar da PLR de 2012.
A intenção do Sindicato dos Metalúrgicos era obter ao menos um posicionamento sobre uma proposta entregue à GM solicitando investimentos em São José a fim de manter empregos na fábrica depois da saída de linha de modelos produzidos na cidade.
O documento tinha itens como a retomada da produção de caminhões em São José, a concentração da produção do modelo Classic na cidade, a abertura do 3º turno da linha da S10, a nacionalização de modelos como o Agile e a transferência de linhas de produção para São José.
Durante os encontros para tratar de PLR, o sindicato ouviu da GM que a empresa estuda a transferência da produção de veículos para São José, no entanto, não discutiu detalhes e nem prazos.
Os metalúrgicos do primeiro e terceiro turno da General Motors, em São José dos Campos, aprovaram, em assembleia, nesta quinta-feira, dia 24, a PLR 2012. O valor pode chegar a R$ 15.335,86. O acordo supera em 12% a PLR 2011. A antecipação será paga este mês e vai injetar R$ 52,2 milhões na economia da cidade.
Pelo acordo, os trabalhadores precisarão produzir 6% menos veículos, em relação a 2011, para atingir as metas estipuladas pela montadora. As metas previstas para 2012 irão variar de 355 mil a 410 mil carros, o que representa 25 mil unidades a menos que em 2011. Para que sejam atingidos 100% das metas, terão de ser produzidos 385 mil carros.
A antecipação foi fechada em R$ 6.600 para cada um dos 7.922 trabalhadores. A segunda parcela será paga em janeiro de 2013. Se forem atingidas 120% das metas, serão injetados um total R$ 115 milhões.
Para se chegar ao acordo, foram realizadas seis rodadas de negociações entre os Sindicatos de São José dos Campos e São Caetano e a General Motors.
“Como já se tornou tradição em nossa base, conseguimos superar a PLR do ano passado, mostrando a força metalúrgica. Agora, vamos intensificar as lutas nas outras fábricas para arrancar nossas reivindicações. Também permaneceremos na luta pelo fim da cobrança do Imposto de Renda sobre a PLR”, afirma o presidente eleito do Sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá.
O acordo ficou da seguinte forma:
- Se forem produzidos 355 mil carros (80% das metas), os trabalhadores receberão R$ 9.706,26
- Se forem produzidos 385 mil carros (100% das metas), os trabalhadores receberão R$ 12.134,08
- Se forem produzidos 410 mil carros (120% das metas), os trabalhadores receberão R$ 14.560,90
- Acima desse volume, a PLR pode chegar a R$ 15.355,86.
Entenda o caso. Após quase um mês de negociação e seis reuniões, a General Motors e o Sindicato dos Metalúrgicos chegaram ontem a um acordo sobre a PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) que será paga este ano aos 7.921 funcionários da fábrica de São José dos Campos.
O valor, não divulgado ontem pelo sindicato, será avaliado hoje pelos empregados em assembleias nos turnos da manhã e da tarde.
A expectativa da direção do sindicato é que a proposta seja aprovada, já que é maior que o valor do ano passado, quando os funcionários receberam R$ 11. 268.
“Quem vai decidir são os trabalhadores. O que posso dizer é que é maior que o valor do ano passado”, disse o presidente eleito do sindicato Antonio Ferreira Barros, o ‘Macapá’, que toma posse neste sábado.
Caso a proposta seja aprovada, os metalúrgicos poderão receber a primeira parcela do benefício ainda este mês, o que era uma das metas do sindicato antes do início das negociações, que também envolveram o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, onde a GM possui a maior parte de sua produção.
Veículos. O sindicato conseguiu uma PLR maior ainda que a meta de produção nas fábricas de São José e São Caetano seja menor em relação ao ano passado. Para receber o benefício superior aos R$ 11.268 de 2011, os trabalhadores terão que produzir 385 mil veículos ante as 404 mil unidades do ano passado.
“Essa diminuição não significa que os funcionários estão trabalhando menos. Isso é causado pelos lançamentos que a GM tem feito no país de modelos fabricados fora”, afirmou Macapá.
Durante as reuniões, o sindicato tentou atrelar as metas de produção à abertura de um terceiro turno na linha da S10 em São José. Segundo os metalúrgicos, esta seria a única forma de produzir as 62 mil unidades da picape, meta exigida pela montadora.
A mudança, no entanto, ficou para outra oportunidade (leia texto nesta página).
Temor. A saída de linha de alguns modelos fabricados em São José preocupa o sindicato, entidades ligadas à indústria e o poder público.
O prefeito Eduardo Cury (PSDB) chegou a receber o sindicato em seu gabinete, quando prometeu intermediar as negociações com a GM para a atração de novos investimentos para a fábrica na cidade.
Cury afirma já ter entregue o documento à direção da empresa, que disse que trataria diretamente com o sindicato sobre o assunto.
Estrutura. A GM possui 7.921 trabalhadores em São José, segundo dados passados pela empresa ao sindicato.
Atualmente, a fábrica produz os modelos Meriva, Zafira, Corsa, Classic e S10. Os dois primeiros devem sair de linha a partir de junho.
Outro lado. A GM não comentou o assunto.
Pelo acordo, os trabalhadores precisarão produzir 6% menos veículos, em relação a 2011, para atingir as metas estipuladas pela montadora. As metas previstas para 2012 irão variar de 355 mil a 410 mil carros, o que representa 25 mil unidades a menos que em 2011. Para que sejam atingidos 100% das metas, terão de ser produzidos 385 mil carros.
A antecipação foi fechada em R$ 6.600 para cada um dos 7.922 trabalhadores. A segunda parcela será paga em janeiro de 2013. Se forem atingidas 120% das metas, serão injetados um total R$ 115 milhões.
Para se chegar ao acordo, foram realizadas seis rodadas de negociações entre os Sindicatos de São José dos Campos e São Caetano e a General Motors.
“Como já se tornou tradição em nossa base, conseguimos superar a PLR do ano passado, mostrando a força metalúrgica. Agora, vamos intensificar as lutas nas outras fábricas para arrancar nossas reivindicações. Também permaneceremos na luta pelo fim da cobrança do Imposto de Renda sobre a PLR”, afirma o presidente eleito do Sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá.
O acordo ficou da seguinte forma:
- Se forem produzidos 355 mil carros (80% das metas), os trabalhadores receberão R$ 9.706,26
- Se forem produzidos 385 mil carros (100% das metas), os trabalhadores receberão R$ 12.134,08
- Se forem produzidos 410 mil carros (120% das metas), os trabalhadores receberão R$ 14.560,90
- Acima desse volume, a PLR pode chegar a R$ 15.355,86.
Entenda o caso. Após quase um mês de negociação e seis reuniões, a General Motors e o Sindicato dos Metalúrgicos chegaram ontem a um acordo sobre a PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) que será paga este ano aos 7.921 funcionários da fábrica de São José dos Campos.
O valor, não divulgado ontem pelo sindicato, será avaliado hoje pelos empregados em assembleias nos turnos da manhã e da tarde.
A expectativa da direção do sindicato é que a proposta seja aprovada, já que é maior que o valor do ano passado, quando os funcionários receberam R$ 11. 268.
“Quem vai decidir são os trabalhadores. O que posso dizer é que é maior que o valor do ano passado”, disse o presidente eleito do sindicato Antonio Ferreira Barros, o ‘Macapá’, que toma posse neste sábado.
Caso a proposta seja aprovada, os metalúrgicos poderão receber a primeira parcela do benefício ainda este mês, o que era uma das metas do sindicato antes do início das negociações, que também envolveram o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, onde a GM possui a maior parte de sua produção.
Veículos. O sindicato conseguiu uma PLR maior ainda que a meta de produção nas fábricas de São José e São Caetano seja menor em relação ao ano passado. Para receber o benefício superior aos R$ 11.268 de 2011, os trabalhadores terão que produzir 385 mil veículos ante as 404 mil unidades do ano passado.
“Essa diminuição não significa que os funcionários estão trabalhando menos. Isso é causado pelos lançamentos que a GM tem feito no país de modelos fabricados fora”, afirmou Macapá.
Durante as reuniões, o sindicato tentou atrelar as metas de produção à abertura de um terceiro turno na linha da S10 em São José. Segundo os metalúrgicos, esta seria a única forma de produzir as 62 mil unidades da picape, meta exigida pela montadora.
A mudança, no entanto, ficou para outra oportunidade (leia texto nesta página).
Temor. A saída de linha de alguns modelos fabricados em São José preocupa o sindicato, entidades ligadas à indústria e o poder público.
O prefeito Eduardo Cury (PSDB) chegou a receber o sindicato em seu gabinete, quando prometeu intermediar as negociações com a GM para a atração de novos investimentos para a fábrica na cidade.
Cury afirma já ter entregue o documento à direção da empresa, que disse que trataria diretamente com o sindicato sobre o assunto.
Estrutura. A GM possui 7.921 trabalhadores em São José, segundo dados passados pela empresa ao sindicato.
Atualmente, a fábrica produz os modelos Meriva, Zafira, Corsa, Classic e S10. Os dois primeiros devem sair de linha a partir de junho.
Outro lado. A GM não comentou o assunto.
Debate sobre vagas fica de fora
são José dos campos
Ao contrário da expectativa do sindicato, a discussão sobre o futuro da fábrica da General Motors em São José ficou fora da pauta dos encontros das últimas semanas, quando as partes se reuniram para tratar da PLR de 2012.
A intenção do Sindicato dos Metalúrgicos era obter ao menos um posicionamento sobre uma proposta entregue à GM solicitando investimentos em São José a fim de manter empregos na fábrica depois da saída de linha de modelos produzidos na cidade.
O documento tinha itens como a retomada da produção de caminhões em São José, a concentração da produção do modelo Classic na cidade, a abertura do 3º turno da linha da S10, a nacionalização de modelos como o Agile e a transferência de linhas de produção para São José.
Durante os encontros para tratar de PLR, o sindicato ouviu da GM que a empresa estuda a transferência da produção de veículos para São José, no entanto, não discutiu detalhes e nem prazos.
SAIBA MAIS
PLR
O que é
Abono anual pago a diversas categorias trabalhistas com base no lucro ou no resultado financeiro da empresa
GM
o que queria a empresa
Meta 80%: 391,4 mil carros
100%: 416,4 mil
120%: 441,6 mil
Sindicato
a proposta
80%: de 290 mil a 305 mil
100%: 335 mil
120%: 365 mil
O acordo
Metas acertadas
80%: 355 mil
100%: 385 mil
120%: 410 mil
Em 2011
Produção
No ano passado, 404 mil veículos foram feitos (100%)
Valor
Não divulgado
Sindicato só apresentará os valores acertados na reunião de ontem hoje em duas assembleias nos turnos da manhã e da tarde na unidade. Caso proposta seja aceita, primeira parcela pode sair ainda este mês
PLR
O que é
Abono anual pago a diversas categorias trabalhistas com base no lucro ou no resultado financeiro da empresa
GM
o que queria a empresa
Meta 80%: 391,4 mil carros
100%: 416,4 mil
120%: 441,6 mil
Sindicato
a proposta
80%: de 290 mil a 305 mil
100%: 335 mil
120%: 365 mil
O acordo
Metas acertadas
80%: 355 mil
100%: 385 mil
120%: 410 mil
Em 2011
Produção
No ano passado, 404 mil veículos foram feitos (100%)
Valor
Não divulgado
Sindicato só apresentará os valores acertados na reunião de ontem hoje em duas assembleias nos turnos da manhã e da tarde na unidade. Caso proposta seja aceita, primeira parcela pode sair ainda este mês
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