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O FUTURO: O que você espera de sua velhice?



Andei pensando sobre o tema de hoje. Já refletimos um pouco sobre o papel do cuidador – o que resultou numa considerável participação dos internautas no blog; anteriormente abrimos espaço para discussões acerca do processo de envelhecimento, e hoje? Sobre o que irei escrever? Verificando os artigos anteriores, percebi que sempre temos falado do processo de envelhecimento como um tema geral, do envelhecimento de familiares, da população, porém ainda não paramos para falar sobre o nosso próprio envelhecimento, o que eu achei que seria um tema interessante.
O envelhecimento é uma etapa natural do processo de desenvolvimento humano. Lembro-me que, quando criança, a professora das primeiras séries do ensino fundamental falava que os seres humanos nascem, crescem, reproduzem, envelhecem e morrem. Isto é verdade. Mas infelizmente nem sempre é verdade. Quantos não têm a dádiva de crescer, ou então de se reproduzir, ou, mais ainda, de envelhecer? Acredito que enquanto crianças temos a idéia de que a morte está intimamente relacionada com a velhice, que só se morre ao cumprir este ciclo vital, porém vamos crescendo e percebendo que a morte não escolhe idade, nem raça, nem sexo. Na verdade, se pararmos para pensar, nosso corpo começa a envelhecer (ou a desenvolver) desde o dia que nascemos, este é um processo contínuo e ininterrupto (exceto pela morte).
Muitas pessoas não gostam de pensar em envelhecer, pois acham que ficar velho é perder, é estagnar, é sofrer um declínio. Outras deixam claro que não querem ser velhas (ou parecer velhas) e fazem de tudo numa tentativa superficial de mascarar o passar dos anos. Já outras (me incluo neste grupo) sonham em envelhecer. Sim, eu desejo envelhecer, não quero morrer antes de passar por todas as etapas normais do ciclo vital. Porém, o ideal de velhice que eu almejo para mim infelizmente ainda não é aquele contemplado por muitos idosos brasileiros: quero desfrutar de boa saúde, ao passo que os declínios funcionais e cognitivos decorrentes do processo de envelhecimento não irão influenciar em minha qualidade de vida; ser beneficiada por um programa previdenciário digno, para poder aproveitar minha aposentadoria como bem entender, fazer todas as viagens que não pude anteriormente por falta de tempo; viver cercada de meus familiares e amigos, numa cidade que disponha de uma infra-estrutura que proporcione segurança, saúde e muito lazer a pessoas de todas as idades; enfim, desejo poder desfrutar da velhice da mesma forma que aproveitei minha infância, minha adolescência e estou vivenciando minha vida adulta. Todos desejam uma velhice assim, não?
Desfrutar de um padrão de velhice ideal depende de características individuais (saúde), mas também da sociedade como um todo, que precisa se organizar em prol de uma velhice bem sucedida para nossos familiares, aqueles que não conhecemos, e para nós mesmos no futuro.
Como infelizmente “nem tudo são flores”, muitos idosos não podem desfrutar da terceira idade de maneira satisfatória. Existe uma frase que já ouvi de pessoas de diferentes faixas etárias, a qual me chama a atenção: “Quero envelhecer, mas não quero depender de ninguém”, ou “Só quero ficar velho(a) se eu permanecer lúcido(a)”, ou ainda ‘Prefiro morrer a ficar vegetando”. De diferentes formas, as três afirmativas carregam o mesmo conteúdo: o medo de ficar idoso e dependente. Se pararmos para pensar, realmente deve ser muito ruim envelhecer e perder a autonomia e a independência. Deve ser muito desagradável depender de outra pessoa para nos alimentar, cuidar da própria higiene, da vida financeira, enfim, ter toda a sua vida gerenciada por outros. Será que seria mesmo melhor morrer precocemente só para não correr o risco de poder ser um idoso dependente? Viver não é correr riscos a todo o momento? Se eu pudesse escolher, preferiria arriscar e viver mais. Acredito que muitos de vocês também prefeririam fazer o mesmo.
Não sabemos o que o futuro reserva para nós, não podemos simplesmente optar por envelhecer apenas com saúde, porém, podemos viver bem o presente, fazendo o possível para garantir uma melhor qualidade de vida para aqueles que nos cercam.
E vocês? O que esperam de sua velhice? O que vocês acham que podem fazer, desde agora, visando um envelhecimento melhor?
Eu respondo: Podemos, desde idade bem precoce, prevenir. Refiro-me à prevenção com o conceito de saúde definido pela Organização Mundial de Saúde: um completo estado de bem-estar físico, mental, social e espiritual. Assim, prevenir é cuidar da saúde física, mental, manter relações sociais saudáveis, e não deixar de lado a busca do bem-estar espiritual. Se fizermos isto por toda a vida, sem dúvida, teremos uma melhor qualidade de vida em nossa vida presente e futura.
Boa semana e envelheçam bem!

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