Rio -
Uma das favoritas ao título do Carnaval
2013, a Unidos de Vila Isabel entrará na Sapucaí “sem” carnavalesca. A
veterana Rosa Magalhães será demitida por ter dado declarações a um
telejornal da Rede Globo que irritaram a diretoria. O anúncio oficial da
saída será feito após o desfile.
A crise teve início depois que Rosa, ao ser perguntada sobre quantos carros faltavam ser finalizados, disse que só três alegorias estavam prontas. “Falta o resto todo. Mas vai ficar pronto. (...) Eu queria que já tivesse terminado tudo. Mas falta material, falta uma coisinha. Então...mas tá indo. Vai ficar pronto”, respondeu a carnavalesca ao repórter no dia 30.
As declarações caíram como uma bomba na Azul e Branca. Tudo porque o panorama descrito pela carnavalesca, na avaliação da diretoria, não corresponde à realidade. Conhecida pela boa organização, a escola estava com o barracão a todo vapor e só uma alegoria faltava ser finalizada.
Sete carros vão ajudar a contar o enredo “A Vila canta o Brasil, celeiro do mundo. Água no feijão que chegou mais um”, que exalta a agricultura e o homem do campo.Rosa ainda criou mais problemas ao falar sobre a expectativa para a reta final dos trabalhos no barracão e o acabamento das alegorias. “Eu espero (que termine). Se o povo tiver bem animado, tá bom”, resumiu.
As falas de Rosa, que está há três anos na Vila, repercutiram mal na patrocinadora do enredo, a Basf. O clima também ficou pesado na Cidade do Samba. Os funcionários do barracão se sentiram ofendidos. O diretor de Carnaval Junior Schall teria até chorado.
Multinacional investiu R$ 3 milhões
A multinacional alemã patrocinadora não gostou de ver a carnavalesca “reclamando” da suposta falta de material. A parceria, na visão da empresa, funciona muito bem desde a assinatura do contrato, em meados de 2012. Nos bastidores, comenta-se que a gigante química Basf teria injetado R$ 3 milhões na agremiação de Martinho. O desfile de 2013 está orçado em R$ 12,5 milhões.
O presidente Wilson da Silva, o Wilsinho, também não gostou nada e, desde então, não está falando com a carnavalesca. Procurado pelo DIA, ele não quis confirmar a demissão. “O clima no barracão é bom e não vou falar nada sobre isso. Nosso foco é no título”.
Campeoníssima nega divergências com direção
Procurada pelo DIA, a carnavalesca negou qualquer problema no barracão. “Não houve nada. Está tudo bem. Isso aí é história”, limitou-se a dizer.
Após três anos, a relação com a diretoria já demonstrava sinais de desgaste. Figurinista, cenógrafa e professora aposentada da Escola de Belas Artes da UFRJ, Rosa Magalhães tem 66 anos e está no Carnaval desde 1971. Foi campeã no Salgueiro, no Império Serrano e faturou cinco títulos na Imperatriz, onde ficou 17 anos. Antes da Vila, passou pela União da Ilha e também teve saída conturbada. Na época, dirigentes, nos bastidores, reclamaram de problemas de relacionamento. A carnavalesca tem por hábito projetar alegorias menores do que as do padrão.
Apesar do ocorrido, a Vila entrará na Sapucaí como uma das favoritas. Os ensaios têm sido concorridos e o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Julinho e Rute, é um dos melhores. A escola tem Carlinhos de Jesus como diretor artístico, conta com o renomado coreógrafo Marcelo Missailidis e tem um dos melhores sambas do ano. O hino é assinado por craques como Martinho da Vila, Arlindo Cruz, André Diniz, Leonel e Tunico.
Já há nomes para substituição
Alexandre Louzada, da Mocidade, campeão na Vila em 2006, e Fabio Ricardo, da São Clemente, são nomes cotados para a vaga na Azul e Branca. Enquanto nada é definido, o tititi corre solto no barracão. “Foi uma coisa muito chata. Ninguém entendeu por que ela falou isso. Todo mundo sabe que não é verdade (que faltou material)”, revelou um integrante da escola, que pediu para não ser identificado. “Declarações idiotas, que nos deram muito trabalho para resolver. Uma dor de cabeça”, disse outra pessoa importante da diretoria que não quis se expor.
http://odia.ig.com.br/portal/o-dia-na-folia/vila-isabel-disputar%C3%A1-t%C3%ADtulo-sem-carnavalesca-1.544850
A crise teve início depois que Rosa, ao ser perguntada sobre quantos carros faltavam ser finalizados, disse que só três alegorias estavam prontas. “Falta o resto todo. Mas vai ficar pronto. (...) Eu queria que já tivesse terminado tudo. Mas falta material, falta uma coisinha. Então...mas tá indo. Vai ficar pronto”, respondeu a carnavalesca ao repórter no dia 30.
As declarações caíram como uma bomba na Azul e Branca. Tudo porque o panorama descrito pela carnavalesca, na avaliação da diretoria, não corresponde à realidade. Conhecida pela boa organização, a escola estava com o barracão a todo vapor e só uma alegoria faltava ser finalizada.
Sete carros vão ajudar a contar o enredo “A Vila canta o Brasil, celeiro do mundo. Água no feijão que chegou mais um”, que exalta a agricultura e o homem do campo.Rosa ainda criou mais problemas ao falar sobre a expectativa para a reta final dos trabalhos no barracão e o acabamento das alegorias. “Eu espero (que termine). Se o povo tiver bem animado, tá bom”, resumiu.
As falas de Rosa, que está há três anos na Vila, repercutiram mal na patrocinadora do enredo, a Basf. O clima também ficou pesado na Cidade do Samba. Os funcionários do barracão se sentiram ofendidos. O diretor de Carnaval Junior Schall teria até chorado.
Multinacional investiu R$ 3 milhões
A multinacional alemã patrocinadora não gostou de ver a carnavalesca “reclamando” da suposta falta de material. A parceria, na visão da empresa, funciona muito bem desde a assinatura do contrato, em meados de 2012. Nos bastidores, comenta-se que a gigante química Basf teria injetado R$ 3 milhões na agremiação de Martinho. O desfile de 2013 está orçado em R$ 12,5 milhões.
O presidente Wilson da Silva, o Wilsinho, também não gostou nada e, desde então, não está falando com a carnavalesca. Procurado pelo DIA, ele não quis confirmar a demissão. “O clima no barracão é bom e não vou falar nada sobre isso. Nosso foco é no título”.
Campeoníssima nega divergências com direção
Procurada pelo DIA, a carnavalesca negou qualquer problema no barracão. “Não houve nada. Está tudo bem. Isso aí é história”, limitou-se a dizer.
Após três anos, a relação com a diretoria já demonstrava sinais de desgaste. Figurinista, cenógrafa e professora aposentada da Escola de Belas Artes da UFRJ, Rosa Magalhães tem 66 anos e está no Carnaval desde 1971. Foi campeã no Salgueiro, no Império Serrano e faturou cinco títulos na Imperatriz, onde ficou 17 anos. Antes da Vila, passou pela União da Ilha e também teve saída conturbada. Na época, dirigentes, nos bastidores, reclamaram de problemas de relacionamento. A carnavalesca tem por hábito projetar alegorias menores do que as do padrão.
Apesar do ocorrido, a Vila entrará na Sapucaí como uma das favoritas. Os ensaios têm sido concorridos e o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Julinho e Rute, é um dos melhores. A escola tem Carlinhos de Jesus como diretor artístico, conta com o renomado coreógrafo Marcelo Missailidis e tem um dos melhores sambas do ano. O hino é assinado por craques como Martinho da Vila, Arlindo Cruz, André Diniz, Leonel e Tunico.
Já há nomes para substituição
Alexandre Louzada, da Mocidade, campeão na Vila em 2006, e Fabio Ricardo, da São Clemente, são nomes cotados para a vaga na Azul e Branca. Enquanto nada é definido, o tititi corre solto no barracão. “Foi uma coisa muito chata. Ninguém entendeu por que ela falou isso. Todo mundo sabe que não é verdade (que faltou material)”, revelou um integrante da escola, que pediu para não ser identificado. “Declarações idiotas, que nos deram muito trabalho para resolver. Uma dor de cabeça”, disse outra pessoa importante da diretoria que não quis se expor.
http://odia.ig.com.br/portal/o-dia-na-folia/vila-isabel-disputar%C3%A1-t%C3%ADtulo-sem-carnavalesca-1.544850
Comentários