CHERY QUER CONTRATAR: A montadora chinesa de carros Chery informou ontem que tem interesse em contratar trabalhadores da General Motors de São José dos Campos
José Messias de Faria Souza, um dos 598 demitidos da GM - Foto: Marcelo Caltabiano
Vice-presidente da Chery Brasil, Luís Curi, informou ontem que a montadora chinesa vai conversar com o Sindicato dos Metalúrgicos na próxima semana para iniciar um pré-cadastro dos demitidos pela GM
Chico Pereira
São José dos Campos
A montadora chinesa de carros Chery informou ontem que tem interesse em contratar trabalhadores da General Motors de São José dos Campos demitidos anteontem pela empresa, para a sua fábrica de Jacareí, em fase de construção.
O vice-presidente da Chery do Brasil, Luís Curi, relatou que começará a tratar do assunto na próxima semana. “Vamos conversar com a direção da empresa para retomarmos os contatos com o Sindicato dos Metalúrgicos”, disse.
Curi afirmou que planeja apressar a formalização de um acordo com o sindicato para viabilizar a formação de um pré-cadastro do pessoal demitido, para potencial reutilização na fábrica de Jacareí.
“Durante o período que os trabalhadores da GM estavam afastados, conversamos algumas vezes, informalmente, com a direção do sindicato sobre possível reaproveitamento de parte do pessoal em nossa fábrica. Agora que as demissões foram oficializadas, vamos retomar as conversações”, disse o executivo da Chery.
Anteontem, a GM confirmou a demissão de 598 funcionários que estavam afastados desde agosto de 2012, em lay-off (suspensão do contrato de trabalho).
Os demitidos foram comunicados por meio de carta e vão receber além das verbas rescisórias, mais três salários de indenização, segundo o sindicato.
Potencial. O vice-presidente da montadora chinesa ressaltou que a Chery tem interesse no pessoal demitido pela GM por se tratar de mão de obra especializada.
“São trabalhadores com grande potencial porque já têm especialização no setor”, ressaltou Curi.
O executivo relatou que haverá necessidade de enviar contratados para treinamento na matriz, na China.
A previsão é que a Chery vai contratar de 600 a 800 pessoas para o início da operação da fábrica de Jacareí, prevista para o primeiro trimestre do próximo ano.
A empresa planeja produzir 50 mil carros por ano.
Contato. O secretário geral do sindicato, Luiz Carlos Prates, o Mancha, disse ontem que a entidade tem todo o interesse em colaborar com a Chery na formação do pré-cadastro dos demitidos da GM que quiserem concorrer a uma vaga na montadora chinesa.
“Pretendemos também voltar a procurar a direção da Chery nas próximas semanas para tratar da questão”, afirmou o sindicalista.
Atenção. Prates relatou que, no momento, a atenção do sindicato está voltada para a situação geral dos demitidos, principalmente para os que têm estabilidade.
O sindicato cadastra operários dispensados que podem estar nessa situação.
Segundo a entidade, a GM teria convocado 151 trabalhadores em lay-off, com estabilidade, para retornarem ao trabalho. A empresa não confirma o número.
No entanto, a direção do sindicato avalia que os trabalhadores com estabilidade podem chegar a 300.
“Estamos acompanhando essa questão porque a empresa não deu satisfação sobre essa situação”, disse Prates.
São José dos Campos
A montadora chinesa de carros Chery informou ontem que tem interesse em contratar trabalhadores da General Motors de São José dos Campos demitidos anteontem pela empresa, para a sua fábrica de Jacareí, em fase de construção.
O vice-presidente da Chery do Brasil, Luís Curi, relatou que começará a tratar do assunto na próxima semana. “Vamos conversar com a direção da empresa para retomarmos os contatos com o Sindicato dos Metalúrgicos”, disse.
Curi afirmou que planeja apressar a formalização de um acordo com o sindicato para viabilizar a formação de um pré-cadastro do pessoal demitido, para potencial reutilização na fábrica de Jacareí.
“Durante o período que os trabalhadores da GM estavam afastados, conversamos algumas vezes, informalmente, com a direção do sindicato sobre possível reaproveitamento de parte do pessoal em nossa fábrica. Agora que as demissões foram oficializadas, vamos retomar as conversações”, disse o executivo da Chery.
Anteontem, a GM confirmou a demissão de 598 funcionários que estavam afastados desde agosto de 2012, em lay-off (suspensão do contrato de trabalho).
Os demitidos foram comunicados por meio de carta e vão receber além das verbas rescisórias, mais três salários de indenização, segundo o sindicato.
Potencial. O vice-presidente da montadora chinesa ressaltou que a Chery tem interesse no pessoal demitido pela GM por se tratar de mão de obra especializada.
“São trabalhadores com grande potencial porque já têm especialização no setor”, ressaltou Curi.
O executivo relatou que haverá necessidade de enviar contratados para treinamento na matriz, na China.
A previsão é que a Chery vai contratar de 600 a 800 pessoas para o início da operação da fábrica de Jacareí, prevista para o primeiro trimestre do próximo ano.
A empresa planeja produzir 50 mil carros por ano.
Contato. O secretário geral do sindicato, Luiz Carlos Prates, o Mancha, disse ontem que a entidade tem todo o interesse em colaborar com a Chery na formação do pré-cadastro dos demitidos da GM que quiserem concorrer a uma vaga na montadora chinesa.
“Pretendemos também voltar a procurar a direção da Chery nas próximas semanas para tratar da questão”, afirmou o sindicalista.
Atenção. Prates relatou que, no momento, a atenção do sindicato está voltada para a situação geral dos demitidos, principalmente para os que têm estabilidade.
O sindicato cadastra operários dispensados que podem estar nessa situação.
Segundo a entidade, a GM teria convocado 151 trabalhadores em lay-off, com estabilidade, para retornarem ao trabalho. A empresa não confirma o número.
No entanto, a direção do sindicato avalia que os trabalhadores com estabilidade podem chegar a 300.
“Estamos acompanhando essa questão porque a empresa não deu satisfação sobre essa situação”, disse Prates.
Medo do desemprego assusta metalúrgicos
O clima entre os operários demitidos pela GM é de apreensão e incerteza com relação ao futuro. Caso de José Messias de Faria Souza, 43 anos, casado, três filhos e que trabalhou mais de 20 anos na empresa.Ele disse que atravessa período difícil, pois dependida totalmente do emprego para manter a família.
O metalúrgico relatou que está lesionado e vai tentar ser recontratado.
“Tenho vários problemas de saúde, como bursite e tendinite e esperava estar na lista dos que têm estabilidade. Vou procurar meus direitos”, disse.
Outros dispensados já estão em busca de novo emprego, mas afirmaram que não será fácil recolocação no mercado de trabalho.
“Tinha esperança de voltar para a GM, mas, agora, o jeito é procurar outra coisa. Pela minha idade, não vai ser fácil”, contou Celso Ribeiro, 45 anos, casado, quatro filhos. Trabalhou 18 anos na montadora.
Giovanni Medeiros Fernandes, 29 anos, três filhos, também relatou que está em busca de outro emprego, porque precisa manter a família. “Já comecei a enviar currículo”.
O clima entre os operários demitidos pela GM é de apreensão e incerteza com relação ao futuro. Caso de José Messias de Faria Souza, 43 anos, casado, três filhos e que trabalhou mais de 20 anos na empresa.Ele disse que atravessa período difícil, pois dependida totalmente do emprego para manter a família.
O metalúrgico relatou que está lesionado e vai tentar ser recontratado.
“Tenho vários problemas de saúde, como bursite e tendinite e esperava estar na lista dos que têm estabilidade. Vou procurar meus direitos”, disse.
Outros dispensados já estão em busca de novo emprego, mas afirmaram que não será fácil recolocação no mercado de trabalho.
“Tinha esperança de voltar para a GM, mas, agora, o jeito é procurar outra coisa. Pela minha idade, não vai ser fácil”, contou Celso Ribeiro, 45 anos, casado, quatro filhos. Trabalhou 18 anos na montadora.
Giovanni Medeiros Fernandes, 29 anos, três filhos, também relatou que está em busca de outro emprego, porque precisa manter a família. “Já comecei a enviar currículo”.
Prefeitura oferece requalificação
A Prefeitura de São José dos Campos colocou à disposição dos demitidos os programas de requalificação de mão de obras que possui. O governo não vai desenvolver nenhuma ação específica para os dispensados. A Secretaria de Relações do Trabalho também colocou o PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) para ajudar na recolocação.
A Prefeitura de São José dos Campos colocou à disposição dos demitidos os programas de requalificação de mão de obras que possui. O governo não vai desenvolver nenhuma ação específica para os dispensados. A Secretaria de Relações do Trabalho também colocou o PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) para ajudar na recolocação.
Sindicato avalia perda de R$ 50 milhões
O Sindicato dos Metalúrgicos avalia que a demissão dos 598 trabalhadores da GM vai provocar impacto negativo na economia da cidade de pelo menos R$ 50 milhões anuais. Esse valor é referente a salários e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) que deixaram de ser pagos. Os setores mais atingidos serão o comércio e serviços, principalmente terceirizados.
O Sindicato dos Metalúrgicos avalia que a demissão dos 598 trabalhadores da GM vai provocar impacto negativo na economia da cidade de pelo menos R$ 50 milhões anuais. Esse valor é referente a salários e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) que deixaram de ser pagos. Os setores mais atingidos serão o comércio e serviços, principalmente terceirizados.
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