Inicialmente anunciado para ser encerrado em 10 de fevereiro e depois prorrogado para o dia 27 do mesmo mês, o PDV (Programa de Demissões Voluntárias) na fábrica de São Bernardo da Volkswagen não tem data para terminar. A empresa admitiu ontem que as inscrições poderão ser feitas por tempo indeterminado.
No início do ano, a montadora revelou que a planta do Grande ABC possui cerca de 2.100 funcionários excedentes à necessidade de produção, entre um universo de cerca de 13 mil colaboradores. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, até a tarde de ontem o PDV já tinha 760 adesões – o equivalente a pouco mais de um terço do total de empregados em excesso. O número se aproxima de 800 – o total de demissões que a Volkswagen havia programado para fevereiro. Os desligamentos foram cancelados após greve da categoria, ocorrida em janeiro.Oficialmente, a montadora não divulga o número de inscritos e não informa qual é a estimativa de demissões voluntárias. Diz apenas que o programa esteve aberto durante todo o mês de março, e que as condições são as mesmas das anunciadas em fevereiro. Os funcionários que optarem por sair da montadora receberão pacote de benefícios que pode chegar a até dez salários, mais um salário adicional por ano trabalhado na companhia.
Também está aberto PDV na Mercedes de São Bernardo. O prazo para inscrições acaba na terça-feira. Quem decidir sair da empresa receberá, além das verbas indenizatórias, R$ 28,5 mil. Quem estiver em lay-off (suspensão de contrato de trabalho) terá direito a aviso prévio de até 90 dias. A Ford abre o programa na segunda-feira, oferecendo benefício de 83% do salário por ano trabalhado. Para aposentados, o índice é de 140%.
Na GM, em São Caetano, o PDV encerrado na terça-feira teve apenas nove adesões, segundo o sindicato local.
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