O diretor do departamento de comércio exterior do Ciesp de São Bernardo, José Rufino Júnior, também avalia que há indícios de reação nas encomendas externas. “Estamos ficando competitivos para exportar, ainda que tenhamos carga grande de tributos”, diz.Rufino Júnior acrescenta que a expressão cunhada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1998, “Exportar ou morrer”, para estimular as empresas a venderem a outros países, agora é uma realidade. “Se as empresas não tiverem uma válvula de escape para manter a atividade, que teve redução de 30%, vamos começar a ter problemas”, diz.
Pela conjuntura favorável aos negócios lá fora e, ao mesmo tempo, um mercado interno muito fraco, o Ciesp está fazendo um trabalho para ajudar quem quer ampliar as vendas externas ou quer iniciar encomendas internacionais, colaborando na estruturação de departamentos de comércio exterior de pequenas e médias indústrias. Rufino Júnior acrescenta que a entidade já fez reuniões com grupos de empresas de países como Alemanha e Turquia, que mostraram interesse em produtos brasileiros e vai fazer encontro com norte-americanos.
Rufino Júnior concorda e cita que, enquanto a Argentina permanece uma incógnita, há oportunidades em outros mercados da América Latina, como Peru, Chile, Colômbia e México. Com este último país, há poucos dias, foi renovado acordo automotivo, que alimenta expectativa de melhora nos negócios da região, que concentra fábricas de seis montadoras e tem nos veículos e autopeças os principais itens da pauta de exportação.
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