Pressionadas pela crise econômica que afeta diretamente a indústria automobilística, mil lojas de concessionárias devem fechar as portas este ano – o equivalente a 12% das 8.300 casas dedicadas à comercialização de veículos novos que existiam no País em janeiro. A previsão é de Marcelo Viana, diretor da MVC Finanças, consultoria empresarial voltada para estratégia corporativa e de mercado e especializada no segmento de distribuição de veículos.
Profissional experiente no ramo, com atuação na diretoria executiva e financeira de grupos como Itavema, Vigorito e Viamar, ele abriu recentemente as portas da MVC com a proposta de reestruturar e racionalizar processos, rever estruturas organizacionais e modelos de gestão, com a implementação de indicadores de performance. “O setor de distribuição enfrenta dificuldades há muitos anos, mas agora a situação se agravou, piorando muito mais do que seria razoável supor. Poucos grupos se prepararam adequadamente para suportar a enorme queda na demanda e na rentabilidade dos negócios”, alerta.
Ele lembra que empresários tradicionais no segmento mantiveram de pé operações concebidas para a comercialização de centenas de veículos por mês, enquanto a ociosidade avançava para 70%. “São estruturas enormes, com um custo fixo insuportável”, aponta.
Viana destaca que o comprador de carros médios e grandes já sabe o carro que vai adquirir ao chegar à concessionária, graças à informação disponível na Internet. O mesmo não ocorre com o cliente de veículos de entrada, para os quais a escolha dependerá bastante do valor proposto. “O momento é muito digital. Mas relacionamento e calor humano precisam ser resgatados por muitas marcas”. Para ele, faltam produtos inovadores no mercado. “Quando surge um SUV surpreendente como o H-RV, da Honda, forma-se uma fila de três meses para entrega do carro, mesmo em época de baixa nas vendas”, assegura.
O diretor da MVC propõe um choque de gestão para as concessionárias que pretendem superar o momento difícil e voltar a crescer no médio prazo. “Mas é preciso implementar estratégias acertadas, evitando o corte indiscriminado de infraestrutura e pessoal. Revendas que estão dispensando profissionais para depois contratar pela metade do salário podem ter surpresas desagradáveis, que serão refletidas na perda de identidade de gestão e governança. É preciso impor controles eficientes para tomada de decisão, com pessoal qualificado”, comenta.
Na contramão do mercado, alguns grupos estão avançando em participação nas vendas. “Trata-se de empresários que fizeram a lição de casa no passado e hoje estão bem estruturados para enfrentar dificuldades e crescer, consolidando negócios interessantes, já que o valor da maioria das concessionárias está em baixa”, afirma Viana. “Mais do que nunca é hora de repensar o modelo de negócio e promover uma reengenharia”, finaliza.
Profissional experiente no ramo, com atuação na diretoria executiva e financeira de grupos como Itavema, Vigorito e Viamar, ele abriu recentemente as portas da MVC com a proposta de reestruturar e racionalizar processos, rever estruturas organizacionais e modelos de gestão, com a implementação de indicadores de performance. “O setor de distribuição enfrenta dificuldades há muitos anos, mas agora a situação se agravou, piorando muito mais do que seria razoável supor. Poucos grupos se prepararam adequadamente para suportar a enorme queda na demanda e na rentabilidade dos negócios”, alerta.
Ele lembra que empresários tradicionais no segmento mantiveram de pé operações concebidas para a comercialização de centenas de veículos por mês, enquanto a ociosidade avançava para 70%. “São estruturas enormes, com um custo fixo insuportável”, aponta.
Viana destaca que o comprador de carros médios e grandes já sabe o carro que vai adquirir ao chegar à concessionária, graças à informação disponível na Internet. O mesmo não ocorre com o cliente de veículos de entrada, para os quais a escolha dependerá bastante do valor proposto. “O momento é muito digital. Mas relacionamento e calor humano precisam ser resgatados por muitas marcas”. Para ele, faltam produtos inovadores no mercado. “Quando surge um SUV surpreendente como o H-RV, da Honda, forma-se uma fila de três meses para entrega do carro, mesmo em época de baixa nas vendas”, assegura.
O diretor da MVC propõe um choque de gestão para as concessionárias que pretendem superar o momento difícil e voltar a crescer no médio prazo. “Mas é preciso implementar estratégias acertadas, evitando o corte indiscriminado de infraestrutura e pessoal. Revendas que estão dispensando profissionais para depois contratar pela metade do salário podem ter surpresas desagradáveis, que serão refletidas na perda de identidade de gestão e governança. É preciso impor controles eficientes para tomada de decisão, com pessoal qualificado”, comenta.
Na contramão do mercado, alguns grupos estão avançando em participação nas vendas. “Trata-se de empresários que fizeram a lição de casa no passado e hoje estão bem estruturados para enfrentar dificuldades e crescer, consolidando negócios interessantes, já que o valor da maioria das concessionárias está em baixa”, afirma Viana. “Mais do que nunca é hora de repensar o modelo de negócio e promover uma reengenharia”, finaliza.
Comentários