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Comércio perto das montadoras no ABC tem forte queda nas vendas

André Henriques/DGABC  Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra 
A retração nas vendas de veículos, que levou montadoras a adotarem programas como o PPE (Programa de Proteção ao Emprego) e outros instrumentos legais para diminuir a produção neste ano, impacta toda a economia da região, mas, de forma direta os comerciantes que atuam nos arredores das fábricas dessas indústrias na região.

Restaurantes, lanchonetes, farmácias, padarias e barracas de ambulantes que vendem produtos nas imediações das fabricantes tiveram queda de até 80% no movimento neste ano, entre outros fatores, pelas medidas adotadas por empresas como a Mercedes-Benz, Volkswagen e Ford, que fecharam recentemente acordos para terem o PPE em suas fábricas na região. São 24,4 mil trabalhadores incluídos e que tiveram a redução de 20% na jornada e 10% nos salários – as três empresas pagam cerca de 20% menos,mas metade dessa redução é bancada com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Outros 4.320 estavam em lay-off (suspensos temporariamente) até setembro – 215 da Mercedes voltaram ao trabalho neste mês –, somando essas companhias mais a General Motors, que há poucos dias também deixou de operar no segundo turno, passando a ter só o turno das 6h às 15h. Isso sem contar o efeito gerado pela redução nos postos de trabalho. Em toda a indústria da região, foram cortados 21,8 mil empregos neste ano, parte disso nas montadoras.

O impacto no comércio dos arredores dessas unidades fabris é expressivo. É o caso dos autônomos que têm barracas nas proximidades da Mercedes-Benz, no bairro Pauliceia, em São Bernardo. Como os empregados da área produtiva da fabricante estão trabalhando um dia a menos por semana e o poder aquisitivo dos metalúrgicos também caiu – com a redução salarial –, os negócios dos ambulantes minguaram.

“É a pior época desde que eu estou aqui”, afirmou Márcio Rogério Vaz, que comercializa capas de celular há 23 anos no local, e que viu seu movimento cair 80% e vários colegas quebrarem, deixando de vender no local – o que pode ser percebido por espaços vazios entre barracas, antes ocupados. Outro ambulante, Alex dos Santos, que vende pilhas e eletrônicos, vê retração semelhante. “Hoje (quinta-feira, dia normal na fábrica) ainda não atendi ninguém”, disse. Isso às 15h, hora de saída do pessoal do turno da manhã. “Já vi várias crises, de 1995, de 1998, mas acho que essa é a pior”, concorda.

Nas proximidades, José Sebastião Neves, proprietário da padaria e confeitaria Ponto Chic da Pauliceia, que está há 22 anos no local, lamentava o fraco movimento, estimando retração de 50% neste ano. “Há alguns anos, isso aqui lotava na hora do almoço. Agora, as mesas ficam vazias. Assim está difícil trabalhar. Ao mesmo tempo, luz, água e aluguel não param de subir, as contas só aumentam”, disse.

Para se adequar à crise, o comércio do bairro procura se adequar, cortando despesas. O gerente da churrascaria Star Grill, Maycon da Silva Felix, conta que o quadro de funcionários teve de ser reduzido. Eram 40 no ano passado e agora são 35. “Não tem previsão de melhora. Até agora nada de reservas para o fim do ano”, observou.
VOLKSWAGEN - Além da crise econômica, a jornada reduzida na produção da Volkswagen também afetou os estabelecimentos na Avenida Maria Servidei Demarchi, próximos da fábrica da montadora. “Todo mundo sofre com isso, antes vinha muita gente da Volks, mas caiu bastante, de madrugada é pior ainda. Ainda vem alguns, mas não como antes”, disse o gerente da panificadora Fiori, Marcelo Batista, que estima queda de 20% nas vendas neste ano. A padaria existe há 25 anos. “Se continuar desse jeito, vai despencar mais ainda”, observou.

“Do pessoal da Volks, eu tinha muitos amigos clientes que frequentavam a casa, eles continuam vindo, mas bem menos, se antes vinham uma vez por semana, agora aparecem uma vez por mês”, contou Nelson Morassi, sócio do tradicional restaurante São Francisco, há 52 anos no local. “A gente percebe que as pessoas estão segurando os gastos, porque não têm garantia futura de que vão seguir empregadas”, opinou.

UM TURNO SÓ - O comércio nos arredores da fábrica da General Motors de São Caetano já registrava piora nos resultados, entre outros motivos, por causa dos quase 800 funcionários que a montadora havia deixado em casa, em lay-off (contratos suspensos temporariamente), boa parte desde outubro de 2014. Agora, a partir desde mês, com outros 1.600 que também foram suspensos e com o fim do segundo turno, a situação fica ainda pior para as vendas.

“Caiu 50% o movimento, à noite era quando eu vendia mais”, relata Armando Costa, dono de quiosque de lanches perto do portão 4 da GM, na Avenida Goiás. O comerciante Jones Lopes, dono do Gyral Café, ali perto, concorda que um turno a menos prejudicou. “Já deu para sentir reflexo sim, está bem mais fraco”, citou.  

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