Fornecedores da Volkswagen já têm encomendas de componentes para versões renovadas do Gol, Voyage e Saveiro, segundo informações obtidas por Automotive Business. Os modelos passam por trabalho de reestilização e entram em produção em janeiro próximo, para chegar ao mercado nos meses seguintes, possivelmente até o fim do primeiro trimestre. Neste momento, todos continuarão a ser fabricados sobre a plataforma PQ24, mas de acordo com fontes existem planos de aplicar para a próxima nova geração da família brasileira de compactos da marca a base modular MQB, sobre a qual podem ser construídos 43 modelos do Grupo VW, entre eles Golf e Jetta ou Audi A3 e A4. Essa grande mudança, contudo, está programa para mais alguns anos adiante, entre 2018 e 2019.
Os compactos em processo de renovação continuarão a ser produzidos na planta Anchieta, em São Bernardo do Campo, caso do Gol e Saveiro, e Taubaté (SP), que também faz o Gol e seu derivado sedã Voyage. O design da família foi alterado pela última vez em 2012, quando a Volkswagen lançou novos Gol e Voyage, e cerca de um ano depois foi apresentada a Saveiro reestilizada, que ganhou nova versão com cabine dupla em 2014.
Não está claro se a reestilização do Gol está sendo apressada ou se já estava nos planos da Volkswagen, mas o certo é que o modelo precisa disso mais do que nunca, pois ficou envelhecido e ultrapassado diante dos concorrentes. Este ano o Gol perdeu o posto de líder de vendas no Brasil, posto que mantinha por mais de duas décadas. Pior ainda, depois de dezembro de 2014 o desempenho carro entrou em uma ladeira de mercado que parece não ter fim.
PERDA DE MERCADO
Em setembro passado o Gol sequer figurou entre os dez mais vendidos do País, desceu para a 11ª posição entre os automóveis, ou 12ª quando se colocam os comerciais leves na conta. O ex-campeão da Volkswagen ficou atrás de modelos que antes vendiam menos da metade, como Hyundai HB20, Ford Ka e Renault Sandero, e mesmo de outros em patamar superior de preço, como Toyota Corolla e os novatos Honda HR-V e Jeep Renegade. No resultado acumulado de janeiro a setembro o Gol ainda mantém a sexta colocação no ranking de veículos leves, menos de 50 unidades à frente do Fox e atrás de Fiat Palio, Chevrolet Onix, Fiat Strada, Hyundai HB20 e Ford Ka.
Voyage e Saveiro não estão em situação melhor. Em setembro o sedã derivado do Gol ficou na 17ª posição do ranking de automóveis, quase empatado com o Toyota Etios e atrás de Hyundai HB20S (15º) e Honda Fit (16º). Até o também envelhecido Fiat Siena fica à frente, em 13º. No acumulado do ano o Voyage está em 16º lugar, atrás de todos os seus maiores concorrentes.
A Saveiro, com renovações mais recentes, vem conseguindo manter-se na segunda colocação entre as picapes mais vendidas do País, mas com vendas mais de 40% menores do que sua maior rival, a Fiat Strada, que vende mais até do que muitos automóveis – incluindo Gol e Voyage. Portanto, a renovação também chega em boa hora.
A chegada ao mercado nacional de concorrentes mais atraentes, seja pelo preço ou inovações tecnológicas e de design, custou caro à Volkswagen no Brasil, que desde 2014 perdeu para a General Motors a posição de vice-líder do mercado e este ano vem se mantendo com participação na casa do 15%, o porcentual mais baixo de sua história de 60 anos no País.
ROTEIRO DE ATUALIZAÇÃO
A Volkswagen não esconde as linhas gerais de seu plano de atualização de produtos no País, que tem três fases. A primeira começou em 2007, com a renovação geral do portfólio – daí nasceu a mais recente geração do Gol. Em princípio deu certo e as vendas da marca, principalmente de automóveis, cresceram consideravelmente entre 2008 e 2010.
Em 2011 foi iniciada a segunda fase do plano, fazendo a conexão tecnológica da matriz alemã com todos os veículos da marca produzidos no Brasil, o que incluiu, por exemplo, a adoção aqui com adaptações locais da arquitetura eletroeletrônica global usada em todo o mundo por carros do Grupo VW. Essa parte parece não ter funcionado tão bem, pois elevou preços e desde então as vendas vêm caindo.
A terceira fase está prometida para o período 2015-2018, com a chegada ao Brasil da plataforma multiveículo MQB. Ela já é usada no Jetta apenas montado em São Bernardo do Campo e entrou em produção no País há um mês com a fabricação da sétima geração do Golf em São José dos Pinhais (PR) – em linha também compartilhada com a Audi para fazer o A3 Sedan e o Q3 a partir do ano que vem. Modelos mais populares da linha brasileira da Volkswagen vão esperar mais alguns anos para adotar a mesma tecnologia.
Os compactos em processo de renovação continuarão a ser produzidos na planta Anchieta, em São Bernardo do Campo, caso do Gol e Saveiro, e Taubaté (SP), que também faz o Gol e seu derivado sedã Voyage. O design da família foi alterado pela última vez em 2012, quando a Volkswagen lançou novos Gol e Voyage, e cerca de um ano depois foi apresentada a Saveiro reestilizada, que ganhou nova versão com cabine dupla em 2014.
Não está claro se a reestilização do Gol está sendo apressada ou se já estava nos planos da Volkswagen, mas o certo é que o modelo precisa disso mais do que nunca, pois ficou envelhecido e ultrapassado diante dos concorrentes. Este ano o Gol perdeu o posto de líder de vendas no Brasil, posto que mantinha por mais de duas décadas. Pior ainda, depois de dezembro de 2014 o desempenho carro entrou em uma ladeira de mercado que parece não ter fim.
PERDA DE MERCADO
Em setembro passado o Gol sequer figurou entre os dez mais vendidos do País, desceu para a 11ª posição entre os automóveis, ou 12ª quando se colocam os comerciais leves na conta. O ex-campeão da Volkswagen ficou atrás de modelos que antes vendiam menos da metade, como Hyundai HB20, Ford Ka e Renault Sandero, e mesmo de outros em patamar superior de preço, como Toyota Corolla e os novatos Honda HR-V e Jeep Renegade. No resultado acumulado de janeiro a setembro o Gol ainda mantém a sexta colocação no ranking de veículos leves, menos de 50 unidades à frente do Fox e atrás de Fiat Palio, Chevrolet Onix, Fiat Strada, Hyundai HB20 e Ford Ka.
Voyage e Saveiro não estão em situação melhor. Em setembro o sedã derivado do Gol ficou na 17ª posição do ranking de automóveis, quase empatado com o Toyota Etios e atrás de Hyundai HB20S (15º) e Honda Fit (16º). Até o também envelhecido Fiat Siena fica à frente, em 13º. No acumulado do ano o Voyage está em 16º lugar, atrás de todos os seus maiores concorrentes.
A Saveiro, com renovações mais recentes, vem conseguindo manter-se na segunda colocação entre as picapes mais vendidas do País, mas com vendas mais de 40% menores do que sua maior rival, a Fiat Strada, que vende mais até do que muitos automóveis – incluindo Gol e Voyage. Portanto, a renovação também chega em boa hora.
A chegada ao mercado nacional de concorrentes mais atraentes, seja pelo preço ou inovações tecnológicas e de design, custou caro à Volkswagen no Brasil, que desde 2014 perdeu para a General Motors a posição de vice-líder do mercado e este ano vem se mantendo com participação na casa do 15%, o porcentual mais baixo de sua história de 60 anos no País.
ROTEIRO DE ATUALIZAÇÃO
A Volkswagen não esconde as linhas gerais de seu plano de atualização de produtos no País, que tem três fases. A primeira começou em 2007, com a renovação geral do portfólio – daí nasceu a mais recente geração do Gol. Em princípio deu certo e as vendas da marca, principalmente de automóveis, cresceram consideravelmente entre 2008 e 2010.
Em 2011 foi iniciada a segunda fase do plano, fazendo a conexão tecnológica da matriz alemã com todos os veículos da marca produzidos no Brasil, o que incluiu, por exemplo, a adoção aqui com adaptações locais da arquitetura eletroeletrônica global usada em todo o mundo por carros do Grupo VW. Essa parte parece não ter funcionado tão bem, pois elevou preços e desde então as vendas vêm caindo.
A terceira fase está prometida para o período 2015-2018, com a chegada ao Brasil da plataforma multiveículo MQB. Ela já é usada no Jetta apenas montado em São Bernardo do Campo e entrou em produção no País há um mês com a fabricação da sétima geração do Golf em São José dos Pinhais (PR) – em linha também compartilhada com a Audi para fazer o A3 Sedan e o Q3 a partir do ano que vem. Modelos mais populares da linha brasileira da Volkswagen vão esperar mais alguns anos para adotar a mesma tecnologia.
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