Uma hora e 15 minutos. Esse foi o tempo que Michael Phelps teve de descanso entre as duas provas que disputou na noite desta terça-feira (9). Deu tempo de receber uma medalha, ouvir o hino e beijar o bebê Boomer, seu filho recém-nascido, antes de fazer história novamente. No Estádio Aquático da Barra da Tijuca, o norte-americano subiu ao pódio duas vezes e conquistou sua 21ª medalha de ouro. Tudo isso em uma maratona vivida pelo veterano de 31 anos.
Mas há tempos fazer o inesperado deixou de ser um problema para ele. Em uma prova que liderou quase por completo, Phelps chegou a ser pressionado pelo japonês Masato Sakai no fim, mas bateu na primeira posição, conquistando sua 20ª medalha de ouro olímpica ao completar em 1min55s59, apenas 0s29 à frente do rival.
Entre seus grandes rivais, apenas Kederesi levou uma medalha para casa: o bronze, com o tempo de 1min53s62. Os outros dois ficaram ainda mais para trás: Le Clos foi o quarto (1min54s06), enquanto Cseh terminou apenas em sétimo (1min56s24).
"Teve tanta emoção. Trabalhei tanto nesses últimos quatros anos. Não queria dizer que era uma vingança, mas foi meio que isso", afirmou Phelps à "NBC", em referência ao duelo com Chad Le Clos. Em Londres-2012, o sul-africano foi o responsável por tirar o ouro das mãos do norte-americano nesta prova.
A conquista faz com que Phelps seja o primeiro nadador a recuperar um título olímpico. Campeão em Atenas-2004 e Pequim-2008, ele havia ficado com a prata em Londres-2012. O tricampeonato veio quatro anos mais tarde.
A maratona chega ao revezamento
A noite ainda não havia chegado ao fim para Phelps. Ele ainda precisava cair na água para fechar o revezamento dos Estados Unidos nos 4x200m livre. E valia tudo para ficar preparado para a maratona. No pódio para receber a medalha de ouro, o norte-americano em todo instante ficava se alongando para não esfriar para a última decisão da noite.
No intervalo de 1h15 entre uma prova e outra, o norte-americano buscou relaxar da maneira que foi possível. Primeiro, correu para a arquibancada para beijar seu filho Boomer, que acompanhava o pai no colo da mãe Nicole Johnson. Depois, já à beira da piscina para o revezamento, ficou mexendo no celular enquanto seus companheiros caíam na água. É o Phelps mais humano e menos máquina, pelo menos na atitude.
Quando chegou sua vez, às 23h46, tudo nos conformes. Ryan Lochte entregou na liderança e Phelps precisou apenas administrar a vantagem e bater na frente. E assim foi feito: medalha de ouro, com o tempo geral de 7m00s66.
A medalha de prata ficou com o Reino Unido (7min03s13), enquanto o bronze foi para o Japão (7min03s50).
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