Venda de ingressos do Hopi Hari pode ser suspensa segundo o Procon
FONTE FOLHA DE SÃO PAULO
Fiscais do Procon de Campinas (93 km de SP) notificaram o Hopi Hari na tarde desta segunda-feira sobre um Ato de Ofício instaurado pelo fechamento temporário do parque, localizado em Vinhedo (79 km de SP).
Na semana passada, um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com o Ministério Público estabeleceu o fechamento do parque por dez dias para que fosse realizada uma análise na segurança de todos os brinquedos. Os trabalhos começaram hoje em 14 brinquedos.
Segundo o delegado Álvaro Santucci Noventa Júnior, a partir de amanhã serão vistoriados dois brinquedos por dia: um no período da manhã e outro à tarde.
A medida ocorreu após a morte da garota Gabriella Yukari Nichimura, 14, que caiu do brinquedo La Tur Eiffel, conhecido como elevador, no dia 24. Ela estava em umacadeira que não deveria ser usada, e a polícia investiga como o equipamento foi liberado e de quem foi a responsabilidade por colocá-la no assento.
Segundo a diretora do Procon de Campinas, Viviane Belmont, o Hopi Hari não se manifestou sobre o direito do consumidor em ter os valores dos ingressos devolvidos no período de fechamento.
"Por essa razão, instauramos o Ato de Ofício visando a proteção dos consumidores residentes em Campinas, baseado no direito à informação e à possibilidade de devolução de valores pagos ou de eventual prorrogação da validade do ingresso, conforme opção do consumidor", afirmou a diretora.
O Procon quer que o parque devolva o valor dos ingresso comprados antes da morte de Gabriella ou no período do fechamento, sob pena de multa de R$ 469,80 para cada reclamação registrada no órgão.
O mesmo vale para passaportes (que garantem entrada livre por uma semana ou um ano) --o Procon quer a restituição de parte do valor, proporcional ao período do fechamento.
O órgão pediu ainda que seja suspensa a venda de ingressos em Campinas enquanto o parque estiver fechado e que a suspensão seja informada em anúncio publicado em órgão de comunicação da cidade, sob pena de multa de R$ 23.490.
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