Anos depois, os BRICS saíram do papel e ganharam mais um integrante, a África do Sul (o S da sigla vem deSouth Africa). Ao longo do tempo, o grupo estabeleceu um calendário de encontros de diversos níveis, envolvendo o mundo acadêmico, empresários e governos. Mas em tempos de muita instabilidade, essa construção ainda desperta muitas dúvidas.
Para conferir a quantas anda a solidez desse processo, uma equipe da GloboNews esteve na Rússia, na Índia, na China e na África do Sul. Do trabalho nos campos de petróleo e gás da Sibéria russa à herança do apartheid nas favelas da África do Sul, da capital indiana da tecnologia da informação a um gigante da internet no sul da China, nossa equipe registrou imagens inéditas e depoimentos de estudiosos, empresários, cientistas sociais e representantes oficiais. E produziu uma série de programas sobre um tema que interessa diretamente o Brasil. O país, aliás, não tem um programa dedicado a ele, mas aparece nas falas de quase todos os entrevistados, que comentam as perspectivas das relações bilaterais e o futuro dos BRICS no mundo.
RÚSSIA
Petróleo e gás fazem da Rússia uma potência no setor mundial de energia. O país possui mão de obra bem qualificada, distorções sociais evidentes e uma política que alterna promessas de ser uma alternativa aos grandes do Ocidente com os delírios de uma superpotência. A herança soviética ainda é parte integrante da alma russa.
ÍNDIA
Desigual, moderna, antiga e expoente da tecnologia da informação, a Índia é um país vibrante e cheio de possibilidades. Segundo país mais populoso do mundo, tem mais de cinco vezes a população brasileira. Tudo é enorme. A riqueza e a pobreza também. As melhores escolas estão nos centros urbanos, mas 60% da população vive na zona rural.
ÁFRICA DO SUL
Com 11 línguas oficiais e três capitais, a África do Sul é o país mais jovem dos Brics e o que tem mais semelhanças com o Brasil no grupo. Apesar de uma infraestrutura bastante renovada nos últimos anos, o país ainda carrega o peso de uma grande desigualdade social e luta contra os altos índices de violência, desemprego, analfabetismo e a herança deixada pelo apartheid.
CHINA
Com 1,4 bilhão de habitantes, chega a quase ser uma ironia chamar a economia chinesa de emergente. A China é hoje o parceiro que mais atrai e também assusta o mundo inteiro, até porque não é uma questão de saber se, mas quando o país vai superar os EUA como principal economia do mundo.
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