A GM começou a convocar os 930 trabalhadores da fábrica de São José dos Campos que serão afastados por cinco meses (lay-off) para assinar o termo de afastamento.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, os trabalhadores deverão comparecer ao clube da ADC, dentro da empresa, a partir de hoje, para análise de documentação.
“Ainda não recebemos a lista de nomes dos afastados, mas, pelas informações que colhemos, foram selecionados trabalhadores de todos os setores, Há lesionados e trabalhadores em situação de pré-aposentadoria”, disse o presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá.
Segundo ele, a lista deve ser encaminhada hoje ou amanhã.
O sindicato irá acompanhar o grupo e deve agendar uma assembleia com os afastados nos próximos dias.
“Vamos chamar todos para uma conversa no sindicato. Iremos fazer um acompanhamento”, disse Macapá.
O sindicalista avalia que parte dos afastados tem altos salários.
Curso. O período de afastamento começa no dia 8 de setembro até 7 de fevereiro do próximo ano.
Depois, o grupo terá mais seis meses de estabilidade de emprego, até o mês de agosto de 2015.
Durante o lay-off, os operários terão que frequentar curso de requalificação, conforme determina a legislação.
Este será o terceiro lay-off que a GM implanta na fábrica de São José nos últimos dois anos. Nos últimos dois, os trabalhadores atingidos não retornaram para a fábrica após o término do afastamento, segundo o sindicato.
A montadora justifica o novo afastamento de trabalhadores como medida necessária para ajustar a produção à demanda do mercado nacional de carros novos.
Em São José dos Campos, são produzidos a picape S10 e Trailblazer, além de motores, transmissões e CKDs (kits para exportação).
A fábrica de São José emprega cerca de 5.350 pessoas, segundo o sindicato.
Salário. De acordo com o sindicato, o salário dos afastados serão pagos em parte pelo governo federal (R$ 1.310), por intermédio do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). O complemento salarial será pago pela GM.
Macapá afirmou que o sindicato irá continuar sua campanha para a estabilidade de todos os empregados da empresa em São José.
“Vamos continuar trabalhando para isso. Queremos estabilidade e redução da jornada do trabalho, sem redução salarial”, afirmou o presidente do sindicato.
fonte:http://www.ovale.com.br/gm-inicia-analise-de-contratos-afetados-pelo-lay-off-em-s-jose-1.555529
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