Bope fás operação no Alemão: Tiroteio assusta público e atrasa largada do Desafio da Paz, no Complexo do Alemão
Policiais do Bope, Choque e da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Penha e do Alemão fazem operação neste domingo (27) após o tiroteio no Alemão, na Zona Norte do Rio. Os tiros foram disparados minutos antes do horário marcado para a corrida "Desafio pela Paz", no local da prova.
De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, até as 20h não houve prisões ou apreensões. “Irresponsável e criminosa”
O secretário estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, classificou o tiroteio ocorrido nesta manhã na Vila Cruzeiro, na Penha, na Zona Norte do Rio, como uma ação “irresponsável e criminosa”.
Os tiros foram disparados minutos antes do horário marcado para a corrida
Os tiros foram disparados minutos antes do horário marcado para a corrida
'Desafio pela Paz', no local da prova. O evento, que começaria às 8h, teve atraso de uma hora devido ao tiroteio. José Mariano Beltrame chegou ao local às 8h45 e participou da prova. Não há informações sobre feridos.
“O que aconteceu foi uma ação que infelizmente é irresponsável e criminosa. Resquício de admiradores de uma facção que idolatra armas automáticas que se pautou pela banalização da violência e da vida. Esta facção que reinou por aqui absoluta por 30 anos. Mas agora a Polícia Civil, a PM e o estado estão aqui e não sairão. Isto é óbvio que foi uma facção, que mesmo enfraquecida, acha que com atos assim pode afastar a polícia e o estado, mas nós não sairemos”, declarou.
O secretário disse que ninguém tem a ilusão que se vai acabar com um estado de violência que reinou durante 30 anos criando uma subnação de criminosos. Para ele, durante muito tempo se conviveu com a inércia do estado. Beltrame afirmou que tem uma proposta de segurança e que não vai diminuí-la, nem abandoná-la.
“O que aconteceu foi uma ação que infelizmente é irresponsável e criminosa. Resquício de admiradores de uma facção que idolatra armas automáticas que se pautou pela banalização da violência e da vida. Esta facção que reinou por aqui absoluta por 30 anos. Mas agora a Polícia Civil, a PM e o estado estão aqui e não sairão. Isto é óbvio que foi uma facção, que mesmo enfraquecida, acha que com atos assim pode afastar a polícia e o estado, mas nós não sairemos”, declarou.
O secretário disse que ninguém tem a ilusão que se vai acabar com um estado de violência que reinou durante 30 anos criando uma subnação de criminosos. Para ele, durante muito tempo se conviveu com a inércia do estado. Beltrame afirmou que tem uma proposta de segurança e que não vai diminuí-la, nem abandoná-la.
"A população humilde e trabalhadora não merece isso. Temos de tirar o falso poder desta facção que humilha as pessoas na ponta do fuzil, que matava gente queimada na comunidade", disse o secretário.
Em relação ao fechamento do comércio e de escolas pelo tráfico na quinta-feira (23), em retaliação à morte de um traficante, ocorrida na quarta-feira (22), o secretário disse que houve uma cultura do medo durante 30 anos na comunidade e que a paz está em construção. “É óbvio que eu não sou um mercenário da ilusão. Existe uma história e uma cultura de violência hoje estabelecida e que é um desafio para a paz”, completou.
O secretário de Segurança disse ainda que o policiamento na região está reforçado e que os disparos tiveram um efeito ruim sim, mas que a situação foi contornada e que a comunidade já viveu momentos mil vezes piores, quando pessoas eram queimadas no local.
Beltrame afirmou que ainda neste domingo se reunirá com o os comandos de policiamento da cidade para discutir o ocorrido na Vila Cruzeiro. O secretário explicou que seu atraso se deu em decorrência do tiroteio. Segundo ele, quando soube do ato criminoso, foi averiguar junto aos policiais o que tinha acontecido.
Tiroteio
Algumas pessoas desistiram de participar da prova. Às 8h15, equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) vasculhavam a área e a organização do 'Desafio de Paz' aguardava a liberação da polícia para começar a corrida. Esta é a terceira edição do evento, organizado pelo grupo AfroReggae.
O secretário de Segurança disse ainda que o policiamento na região está reforçado e que os disparos tiveram um efeito ruim sim, mas que a situação foi contornada e que a comunidade já viveu momentos mil vezes piores, quando pessoas eram queimadas no local.
Beltrame afirmou que ainda neste domingo se reunirá com o os comandos de policiamento da cidade para discutir o ocorrido na Vila Cruzeiro. O secretário explicou que seu atraso se deu em decorrência do tiroteio. Segundo ele, quando soube do ato criminoso, foi averiguar junto aos policiais o que tinha acontecido.
Tiroteio
Algumas pessoas desistiram de participar da prova. Às 8h15, equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) vasculhavam a área e a organização do 'Desafio de Paz' aguardava a liberação da polícia para começar a corrida. Esta é a terceira edição do evento, organizado pelo grupo AfroReggae.
Durante a semana foram registrados outros incidentes na comunidade. Após a morte de um criminoso no Conjunto de Favelas do Alemão na quarta-feira (22), o comércio e algumas escolas foram fechados pelo tráfico na quinta-feira (23) na Vila Cruzeiro.
O 'Desafio da Paz' inclui no percurso de 5km a rota de fuga dos traficantes em 2010. Na ocasião, a entrada de 350 policiais na Vila Cruzeiro provocou a fuga em massa de criminosos da comunidade. Sob ataque da polícia, eles fugiram por uma estrada no alto da favela a pé, em motos e picapes. Na época, imagens gravadas de um helicóptero mostraram mais de 100 homens entrando fortemente armados na mata, numa via de acesso para o Conjunto de Favelas do Alemão, na mesma região.
No dia 28 de agosto de 2012, a Vila Cruzeiro recebeu uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Antes disso, durante um ano e seis meses o Exército ocupou a comunidade. Na inauguração, o governador do Rio, Sérgio Cabral, declarou que a Vila Cruzeiro é um local emblemático, por ter ficado conhecido mundialmente pela violência, como palco do assassinato do jornalista Tim Lopes.
No dia 21 de fevereiro deste ano, um policial militar da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Vila Cruzeiro foi baleado após um ataque a tiros, conforme informou a Polícia Militar (PM).
O 'Desafio da Paz' inclui no percurso de 5km a rota de fuga dos traficantes em 2010. Na ocasião, a entrada de 350 policiais na Vila Cruzeiro provocou a fuga em massa de criminosos da comunidade. Sob ataque da polícia, eles fugiram por uma estrada no alto da favela a pé, em motos e picapes. Na época, imagens gravadas de um helicóptero mostraram mais de 100 homens entrando fortemente armados na mata, numa via de acesso para o Conjunto de Favelas do Alemão, na mesma região.
No dia 28 de agosto de 2012, a Vila Cruzeiro recebeu uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Antes disso, durante um ano e seis meses o Exército ocupou a comunidade. Na inauguração, o governador do Rio, Sérgio Cabral, declarou que a Vila Cruzeiro é um local emblemático, por ter ficado conhecido mundialmente pela violência, como palco do assassinato do jornalista Tim Lopes.
No dia 21 de fevereiro deste ano, um policial militar da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Vila Cruzeiro foi baleado após um ataque a tiros, conforme informou a Polícia Militar (PM).
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