CRASH TESTE: De acordo com os organizadores do programa de segurança para Brasil e América Latina, "os carros mais populares estão 20 anos atrasados em comparação aos dos países industrializados, e abaixo dos padrões globais"
O caso Ka: resgate de vítimas de acidente com Ford Ka em São Paulo, em novembro de 2012, ilustra reportagem da AP reproduzida pelo jornal Detroit News. Texto aponta que hatch subcompacto europeu obteve quatro estrelas no Euro NCAP, enquanto a versão nacional ficou com apenas uma estrela no teste latino -- carros, porém, são de gerações e plataformas diferentes, favorecendo defesa da fabricante
Neste domingo (12), enquanto boa parte dos brasileiros celebrava o
Dia das Mães e/ou acompanha
va, na TV ou nos estádios, a decisão dos
campeonatos estaduais de futebol, a imprensa internacional descobriu,
reproduzindo texto da agência AP (Associated Press), que o carro feito
e vendido no Brasil é inseguro.
Na reportagem, assinada por Bradley Brooks e intitulada "Carros fabricados no Brasil são mortais",
dados sobre vendas crescentes de carros de passeio no país (puxadas
pela "nova classe média", segundo o autor), números sobre acidentes de
trânsito (com mortos e feridos) do Ministério da Saúde e da própria AP
e resultados das três edições do Latin NCAP (a versão local do programa
independente de segurança automotiva) são comparados para se chegar a
um resultado já apontado por UOL Carros: carros
feitos no Brasil não atendem minimamente a requisitos internacionais de
segurança, ainda que suas versões fabricadas e vendidas no exterior
(nos casos aplicáveis) se saiam bem.
Esta conclusão da reportagem da AP não traz novidade em si, ainda
que apenas agora o mercado desenvolvido pareça ter acordado à realidade
dos mercados emergentes. Ela é, de fato, similar àquela apontada
anteriormente, em novembro de 2012, pelo Latin NCAP. De acordo com os
organizadores do programa de segurança para Brasil e América Latina,
"os carros mais populares estão 20 anos atrasados em comparação aos dos
países industrializados, e abaixo dos padrões globais" (releia aqui a reportagem).
Na ocasião, UOL Carros ressaltou a medíocre
condição de segurança de modelos fabricados no Brasil com o exemplo do
Renault Sandero: produzido no Paraná, o hatch obteve apenas uma estrela
no teste de impacto, enquanto o modelo original, o Sandero feito pela
romena Dacia, obteve em 2008 (ano de seu lançamento) três estrelas em
segurança geral e quatro para crianças, no Euro NCAP.
Em carros mais instáveis e menos seguros, cresce o perigo para
motoristas e ocupantes, lembra também o texto da AP: "Carros com
estrutura mais fraca e coluna de direção frágil propiciam o choque do
volante contra o peito e abdômen do motorista em colisões frontais, a
forma mais comum e mortal de trauma, causando sérios danos aos órgãos
vitais". Além disso, a reportagem aponta que peças e pedaços de painéis
mal construídos "flutuam" no interior da cabine após a colisão e podem
se converter em projéteis perigosos, ferindo gravemente os ocupantes.
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Sandero básico brasileira, sem airbags, é mais inseguro que o similar romeno, da Dacia
CLIMA DE GUERRA
De acordo com os dados da reportagem, que aponta o Ministério da Saúde como fonte, 9.059 ocupantes de carros (motoristas e/ou passageiros) morreram em acidentes de trânsito no Brasil em 2010. Nos Estados Unidos, no mesmo período e nas mesmas condições, o total de mortes chegou a 12.435 -- o texto faz ressalva de que a frota circulante norte-americana era cinco vezes maior que a brasileira no período.
De acordo com os dados da reportagem, que aponta o Ministério da Saúde como fonte, 9.059 ocupantes de carros (motoristas e/ou passageiros) morreram em acidentes de trânsito no Brasil em 2010. Nos Estados Unidos, no mesmo período e nas mesmas condições, o total de mortes chegou a 12.435 -- o texto faz ressalva de que a frota circulante norte-americana era cinco vezes maior que a brasileira no período.
"Na verdade, os dois países seguem em direções opostas no que diz
respeito às taxas de morte -- os Estados Unidos registraram 40% menos
mortes em acidentes de carro em 2010, na comparação com a década
anterior. No Brasil , o número de mortos subiu 72%, de acordo com os
últimos dados disponíveis [do Ministério da Saúde]", relata Brooks em
sua reportagem.
Distribuído por uma agência jornalística internacional de renome, o
texto de Brooks foi reproduzido por veículos americanos (como os
jornais The New York Times, Detroit News ,
Boston Herald e Seattle Times, e a rede de TV NBC), europeus (como o
jornal Guardian, da Inglaterra) e até da Oceania. Brooks, que é
responsável pela sucursal da agência AP no Brasil, afirma que a mistura
de carros inseguros com condições perigosas de condução resulta em uma
taxa de mortalidade em acidentes automotivos brasileiros quatro vezes
maior que a média americana.
Fonte=http://carros.uol.com.br/noticias/redacao/2013/05/13/imprensa-internacional-descobre-que-carro-brasileiro-e-inseguro.htm
Fonte=http://carros.uol.com.br/noticias/redacao/2013/05/13/imprensa-internacional-descobre-que-carro-brasileiro-e-inseguro.htm
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