A força das manifestações: O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou, na manhã desta segunda-feira (24), a suspensão do reajuste do pedágio nas rodovias estaduais privatizadas
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou, na manhã desta segunda-feira (24), a suspensão do reajuste do pedágio nas rodovias estaduais privatizadas. O reajuste da travessia da balsa no trecho Santos-Guarujá também foi suspenso.
"O reajuste não está sendo adiado por um ano. Ele está sendo cancelado. Nós estamos assumindo o custo disso por um ano", disse o governador durante entrevista coletiva.
O aumento giraria em torno de 6,5% e seria aplicado a partir do dia 1º de julho.
Em um momento em que protestos bloqueiam rodovias em todo o país, Alckmin negou que a medida seja populista.
"Não é medida populista, nós estamos fazendo um trabalho de dois anos e meio para contratos de longo prazo. Estamos desde o inicio implantando o Ponto a Ponto, quebramos o monopólio do Sem Parar estamos rediscutindo todos os contratos", afirmou.
Segundo Alckmin, a medida vai ao encontro do programa Ponto a Ponto, sistema que prevê a cobrança eletrônica e por trecho percorrido e, segundo o governador, reduziu pela metade o valor do pedágio.
TARIFA
Na última quarta-feira (19), o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e Alckmin anunciaram em conjunto a revogação do aumento das passagens de trens, ônibus e metrô. A partir de hoje, a tarifa volta a ser de R$ 3,00.
O anúncio aconteceu após uma série de protestos pedindo a suspensão do aumento tomarem as ruas de São Paulo e do país.
As manifestações realizadas na quinta-feira (20) levaram mais de 1 milhão de pessoas às ruas. Apenas as capitais, acumularam 939.500 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar de cada um dos Estados. O Rio de Janeiro foi a capital com maior número de pessoas, 300.000.
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