Sexo e tecnologia parecem temas tão distantes quanto os estilos musicais de Derreck Green, vocalista do Sepultura, e do produtor e DJ Sam Spiegel - irmão do cineasta Spike Jonze. No entanto, os músicos norte-americanos usaram os dois temas como base do encontro incomum do projeto Maximum Hedrum.
Derreck será recordista em participações no Rock in Rio 2013, ao cantar em três shows diferentes. O Sepultura toca com Tambours du Bronx no Palco Mundo e com Zé Ramalho no Palco Sunset. O Maximum Hedrum toca na Tenda Eletrônica do "dia metal" que terá Iron Maiden como headliner, 22 de setembro.O trabalho mostra Derreck Green longe do universo do metal e próximo música eletrônica, mas não se resume ao "pula-pula" das raves e pistas de dança. Sam diz que também quer fazer os fãs dançarem em casal. "Quero ver gente fazer sexo na pista", ele diz ao G1, provocando risos em Derreck.
A primeira música feita por eles, "Robosexual", sela a união: a voz de Derrick começa cavernosa, como no Sepultura, mas vai a tons mais agudos. As batidas eletrônicas de Sam incorporam soul e o que eles gostam de chamar de funk futurista. A capa do single mostra um robô frente a uma mulher seminua.
G1 - As letras das músicas do Maximum Hedrum gravitam em torno de sexo virtual. O que os atraiu a este tema?
Sam Spiegel - É uma coisa que está aumentando hoje. O disco é sobre sexo, mas também sobre a falta de intimidade que a tecnologia criou na sociedade. Acho que mostramos isso pela devassidão sexual no álbum. As pessoas estão se comunicando e fazendo sexo desse jeito, sem nem se tocarem.
Sam Spiegel - É uma coisa que está aumentando hoje. O disco é sobre sexo, mas também sobre a falta de intimidade que a tecnologia criou na sociedade. Acho que mostramos isso pela devassidão sexual no álbum. As pessoas estão se comunicando e fazendo sexo desse jeito, sem nem se tocarem.
G1 – As músicas não deixam claro se vocês queriam criticar isso ou mostrar como algo positivo.
Derrick Green - É uma mistura. [Sexo virtual] às vezes parece totalmente ridículo, mas às vezes funciona. Dá para ver dos dois lados, isso que é interessante.
Derrick Green - É uma mistura. [Sexo virtual] às vezes parece totalmente ridículo, mas às vezes funciona. Dá para ver dos dois lados, isso que é interessante.
G1 – Falar de 'sexo eletrônico' também uma metáfora para a música que fazem, ao mesmo tempo orgânica e digital?
Derrick Green - É bom ter esses elementos orgânicos junto com a música eletrônica. Traz mais vida, mais ar às músicas.
Derrick Green - É bom ter esses elementos orgânicos junto com a música eletrônica. Traz mais vida, mais ar às músicas.
G1 – A dance music que se tornou popular hoje é mais agressiva. Com essa música que vocês fazem, mas sexy, que reação esperam da plateia?
Sam Spiegel - Na música eletrônica de hoje, geralmente só tem gente pulando. As faixas são muito aceleradas. Temos algumas músicas assim também, mas variamos muito. Dá para dançar junto.
G1 – Então poderemos ver danças de casais no show de vocês também?
Derrick Green - Com certeza
Sam Spiegel - Quero ver gente fazer sexo na pista de dança!
Sam Spiegel - Na música eletrônica de hoje, geralmente só tem gente pulando. As faixas são muito aceleradas. Temos algumas músicas assim também, mas variamos muito. Dá para dançar junto.
G1 – Então poderemos ver danças de casais no show de vocês também?
Derrick Green - Com certeza
Sam Spiegel - Quero ver gente fazer sexo na pista de dança!
G1 – Derrick, você vai fazer três shows diferentes no Rock in Rio. Não vai ser cansativo ou confuso para você?
Derrick Green - Vai ser tudo isso, mas vai ser ótimo também. É um ótimo festival. Vai ser o primeiro show do Maximum Hedrum no Brasil. Nunca fiz algo assim. Estou ansioso.
Derrick Green - Vai ser tudo isso, mas vai ser ótimo também. É um ótimo festival. Vai ser o primeiro show do Maximum Hedrum no Brasil. Nunca fiz algo assim. Estou ansioso.
G1 – Vocês vão tocar no dia do Iron Maiden. Não tem medo de uma reação ruim dos metaleiros mais intolerantes?
Derrick Green - Acho que essas galera vai estar vendo o Iron Maiden (risos). A Tenda Eletrônica vai ter um público diferente, que talvez nem goste de Sepultura. A questão é estar confortável e se divertir. Não vejo problema. Um festival tem bandas diversas para as pessoas conhecerem essas diferenças. Recebo uma reação mais positiva do que esperava do mundo do metal.
Derrick Green - Acho que essas galera vai estar vendo o Iron Maiden (risos). A Tenda Eletrônica vai ter um público diferente, que talvez nem goste de Sepultura. A questão é estar confortável e se divertir. Não vejo problema. Um festival tem bandas diversas para as pessoas conhecerem essas diferenças. Recebo uma reação mais positiva do que esperava do mundo do metal.
G1 – David Guetta será o primeiro DJ a tocar no Palco Mundo do Rock in Rio no Brasil. Vocês gostam do trabalho dele e do fato de ele levar a música eletrônica ao mainstrem?
Derrick Green - Não sabia. Fiquei sabendo que ele foi pego em um show com coisas pré-gravadas. Ele estava tocando coisas que fez em casa, tudo gravado, e fingia que mexia no equipamento. Porque ele tem uma fobia. Li isso. Não sei se é verdade.
Derrick Green - Não sabia. Fiquei sabendo que ele foi pego em um show com coisas pré-gravadas. Ele estava tocando coisas que fez em casa, tudo gravado, e fingia que mexia no equipamento. Porque ele tem uma fobia. Li isso. Não sei se é verdade.
Sam Spiegel - Não sei se é verdade também, não acredito. [Em julho de 2013, o site Wunderground acusou o DJ de tocar um set pré-gravado em Paris. Guetta negou no Twitter e outros sites de música eletrônica também indicaram a acusação como falsa]. Talvez eu não ame muitos DJs famosos, mas eu amo o fato de a música eletrônica ter chegado a um público tão grande.
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