A mastite, também conhecida como mamite, é caracterizada por uma inflamação que acomete a glândula mamária dos animais, geralmente causada por infecção pelos diversos tipos de microorganismos existentes no meio ambiente, porém as bactérias são os principais agentes infecciosos.
É a moléstia mais importante dosrebanhos leiteiros devido à alta incidência de casos clínicos, alta incidência de infecções subclínicas e aos prejuízos econômicos que trazem à produção.
As inflamações dilatam as paredes dos vasos sanguíneos, assim outras substâncias do sangue passam para o leite, entre elas estão os íons de cloro e sódio, que deixam oleite com sabor salgado; e as enzimas que causam alterações na proteína e na gordura. Outro agravante é que, devido às lesões do tecido mamário, as células secretoras se tornam menos eficientes, ou seja, com menor capacidade de produzir e secretar leite.
Ocorre também a morte das células e a liberação de enzimas dentro da glândula, que contribuem para agravar o processo inflamatório. Tudo isso prejudica a qualidade do leite e causa redução na produção. Um conceito importante no diagnóstico e controle da mastite é que os patógenos mais comumente encontrados podem ser classificados em dois grupos: contagiosos e ambientais.
Os microrganismos contagiosos estão normalmente espalhados no solo, utensílios, dejetos, água ou outros locais e podem atingir a extremidade da teta, a disseminação desses agentes se dá de um quarto infectado a outro ou de uma vaca para outra durante o processo de ordenha.
Para identificar a mastite é empregado o teste Califórnia Mastite Teste (CMT), o leite é misturado com o reagente, após 10 segundos é feita a leitura. Assim, de acordo com a quantidade de células somáticas do leite, é formado um gel, de espessura variada. Se a quantidade de células somáticas for baixa, não forma gel, o resultado é negativo.
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