Queda das vendas gera folgas extras no ABC, montadoras mais atingidas estão em São Bernardo e São Caetano
Com queda de vendas, montadoras instaladas no ABC Paulista tomaram medidas para reduzir a produção em março. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a produção de caminhões da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, vem ocorrendo em quatro dias semanais. A entidade que reúne os trabalhadores não soube responder se a situação persistirá em abril.
Em outra fabricante de veículos pesados, a Scania, a retração na demanda implicou quatro dias a menos de trabalho em março e outras duas folgas estariam programadas para abril. Ford e Volkswagen normalizaram sua produção, mas adotaram paradas desse tipo no início de março. Na divisão de caminhões da Ford foram cinco dias de recesso. Na Volkswagen houve dez dias de férias coletivas, emendados no carnaval (veja aqui).
Automotive Business também ouviu o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, que acolhe os trabalhadores da principal fábrica da General Motors do Brasil. Lá, segundo a entidade, houve recesso de cinco dias antes do carnaval.
“Três deles estavam relacionados ao fornecimento de componentes e os outros dois seriam dados na quinta e sexta-feiras depois do carnaval, por causa da queda de demanda, e pedimos que fossem antecipados”, afirma o presidente do Sindicato de São Caetano do Sul, Aparecido Inácio da Silva. “Ainda não se sabe o que vai ocorrer em abril. Parece ter algo no ar”, disse o líder sindical.
Outros sindicatos procurados no Estado de São Paulo e fora dele trataram o período como normal. A fabricação do Gol está diminuindo na Volkswagen de Taubaté por causa do aumento da montagem do Up!, algo previsto. De acordo com o sindicato, a produção do novo compacto poderá chegar a 400 unidades diárias em abril. E o Gol passará a ser montado somente em São Bernardo do Campo. Já a produção do Voyage permanece regular em Taubaté. Na mesma cidade, a fabricação de motores e transmissões da Ford também estaria normal. Perto dali, em São José dos Campos, a fabricação de veículos Chevrolet (S10 e Trailblazer) também ocorre sem recessos, de acordo com a entidade local.
Outros sindicatos ouvidos por Automotive Business foram o da Grande Curitiba (PR), que reúne metalúrgicos da Volvo, da VW e da Renault-Nissan; o de Betim (MG), onde fica a Fiat; e o de Sete Lagoas (também em MG), que acolhe trabalhadores da Iveco. Nenhuma das entidades relatou recessos, folgas ou situações anormais.
fonte:http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/19276/queda-das-vendas-gera-folgas-extras-no-abc
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