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Pesquisa Datafolha: Se a eleição fosse hoje, PSDB estaria longe do planalto

Que a pesquisa Datafolha sobre 2014 foi boa para Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (Rede) é fácil de ver. Mas o que chama a atenção também a imensa debilidade dos nomes do PSDB colocados no tabuleiro. Os tucanos Aécio Neves e José Serra têm um desempenho ruim para quem representa o maior partido anti-petista.
Ao mesmo tempo deve ser registrada a resiliência do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que se mantém na faixa de 6% a 8% –e  não computou perda de intenção de voto de junho para cá.
Ao oscilar negativamente de 17% para 13% no cenário mais provável hoje para 2014, Aécio Neves exprime toda a fragilidade de sua candidatura. O tucano assistiu a uma espetacular queda de Dilma, que tinha 58% das intenções de voto em março e caiu para 30% em junho.
Em vez de engrenar, Aécio ficou no mesmo lugar. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O senador mineiro pelo PSDB tinha 10% em março e foi a 14% no início de junho. Oscilou para 17% no final do mês dos protestos. E agora escorregou para 13%. Ou seja, voltou para onde sempre esteve antes de o Brasil ter assistido aos protestos de rua.
Quem, em tese, poderia dar uma incendiada no cenário tucano seria José Serra. Mas essa suspeita era apenas uma miragem. Quando Serra aparece na cartela (imagem acima) disputando junto com Aécio, fica com apenas 14%. Serra não é uma solução para o PSDB a esta altura, mas apenas um outro problema.
É evidente que esse cenário com Serra e Aécio disputando o Planalto só seria possível se o paulista fosse para uma outra legenda –cada partido só pode ter um candidato a presidente. Mas que ânimo terá Serra para encarar esse desafio agora? Fora do PSDB, teria de passar metade da campanha explicando a razão de ter deixado a agremiação que ajudou a fundar. Correria o risco de terminar a disputa menor do que entrou.
Tudo somado, a pesquisa Datafolha revela o seguinte a respeito dos nomes hoje mais prováveis na disputa:
1) Dilma Rousseff: segue sendo uma candidata forte pela força inercial que herda por estar no governo. Se vai voltar aos patamares anteriores, vai depender de uma série de fatores ainda indefinidos –nível de emprego, inflação e capacidade de melhorar sua interlocução política;
2) Marina Silva: é hoje depositária de grande esperança dos eleitores que desejam uma mudança no poder central. Seu sucesso está relacionado à consolidação do seu partido (Rede Sustentabilidade), ampliação do leque de alianças e capacidade de emitir ao establishment alguma certeza sobre como seria o seu eventual governo;
3) Aécio Neves e José Serra: comandam um partido rachado e sem músculos para reagir diante da desidratação da administração federal do PT. Dilma perdeu 28 pontos de intenção de voto e Aécio conseguiu herdar apenas 7 desses pontos. Mas já devolveu 4 pontos agora. Ou seja, o ganho líquido do tucano mineiro foi de meros 3 pontos –próximo do limite da margem de erro do levantamento e uma marca quase humilhante.
Para complicar a vida do PSDB, Serra teve desempenho muito próximo a Aécio. E no plano regional paulista os tucanos (Serra incluso) ainda enfrentam o escândalo dos trens e do metrô.
4) Eduardo Campos: é um microcandidato dentro do campo governista. No quadro apresentado neste post, o pernambucano descreve uma gradual melhora: devagar, vai sempre avançando. Cresce na adversidade. Mas se vai consolidar sua candidatura é outra história. Campos, mais do que os outros, depende de um grande esfacelamento de Dilma para ter chances de herdar parte do eleitorado que votou no PT nas últimas disputas. Não parece, no momento, um cenário dos mais prováveis.
O internauta deve notar que está escrito acima que esta análise se refere aos “nomes hoje mais prováveis na disputa”. Não são consideradas especulações menos realistas, como Lula e Joaquim Barbosa. Mas é útil registrar que esses nomes, se entrarem mesmo no páreo, mudam o jogo. Por ora, a corrida presidencial de 2014 continua bem aberta.

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