As industrias do vale - Volks da férias coletivas, GM da folga para frear a produção da S10 e Johnson & Johnson demite
Volks dá férias coletiva para operários do segundo turno em Taubaté — Foto: Divulgação/ Volkswagen
A Volkswagen colocou em férias coletivas, por 20 dias, operários do 2º turno da fábrica em Taubaté (SP). Eles tiveram as atividades suspensas a partir da última segunda-feira (13), com retorno previsto para 3 de junho.
A multinacional e o Sindicato dos Metalúrgicos não informaram quantos trabalhadores foram atingidos pela medida. No período não haverá produção de automóveis no 2º turno.
De acordo com a montadora, a suspensão dos trabalhos já estava prevista no calendário de produção para o ano, já tendo previsto o volume menor de exportações para a Argentina. Os três modelos produzidos na planta, sendo Gol, Up! e Voyage são vendidos ao país vizinho.
Apesar da redução na exportação, a multinacional alemã afirmou que o volume total de produção no Brasil nesse ano será cerca de 20% maior do que o registrado em 2018.
A Volkswagen emprega em Taubaté cerca de 3,1 mil empregados. Apesar da redução na exportação, a multinacional alemã afirmou que o volume total de produção no Brasil nesse ano será cerca de 20% maior do que o registrado em 2018. A Volkswagen emprega em Taubaté cerca de 3,1 mil empregados.
Os últimos períodos de férias coletivas concedidas aos trabalhadores ocorreram em agosto e outubro de 2018.
Um grupo de operários ficou afastado do dia 20 de agosto a 18 de setembro de 2018. Depois foram 20 dias de afastamento a outro grupo, de 8 a 29 de outubro.
Johnson & Johnson demite 30 empregados em São José
A Johnson & Johnson demitiu 30 empregados da planta de São José dos Campos como parte do plano de reestruturação mundial da companhia. Também houve cortes em unidade de São Paulo.
Segundo o Sindicato dos Químicos de São José, os desligamentos ocorreram na divisão de consumo da empresa (Johnson & Johnson Consumer) e teriam atingido pesquisadores, funcionários de laboratórios e da gerência. A produção não foi atingida.
No mundo, a empresa pretende cortar 1% dos 134 mil funcionários, o que dá um total de 1.340 demissões. No Brasil, o número seria de 1,7% dos 7.000 empregados --119 demissões.
“Estamos buscando informações para saber o que significam essas demissões”, disse Wellington Luiz Cabral, coordenador geral do sindicato.
Segundo ele, o último corte expressivo na empresa, em São José, ocorreu há mais de 7 anos, com o fechamento da divisão de preservativos.
“Não há investimento em produção no país e o governo não tem confiança no mercado, o que só piora a crise”, disse Cabral.
A Johnson & Johnson emprega cerca de 4.000 trabalhadores em São José.
Procurada, a companhia disse que estabeleceu “um novo modelo global de negócios” para “operar com mais eficiência”.
“Como resultado, estamos expandindo e investindo em algumas áreas, enquanto em outras reduziremos a complexidade e as estruturas de reporte. As decisões que afetam nossos funcionários nunca são fáceis e estamos comprometidos a apoiá-los ao longo do processo. Localmente no Brasil, a reorganização envolve 1.7% do nosso total de colaboradores diretos”, informou a empresa, em nota.
GM vai dar folga aos operários para frear produção da S10
Trabalhadores da fábrica da General Motors em São José dos Campos (SP) serão dispensados do expediente, por meio de um mecanismo chamado 'day-off', por dois dias na próxima semana. A informação é do Sindicato dos Metalúrgicos.
Segundo a entidade, o expediente será suspenso nos dias 20 e 21 de maio apenas no setor que produz a caminhonete S10 - a medida deve atingir cerca de 1,8 mil empregados. A fábrica de motores vai funcionar normalmente.O motivo da paralisação na linha de produção da caminhonete seria a queda das exportações à Argentina. Essa mesma retração fez com que a fábrica da Volkswagen, em Taubaté, concedesse 20 dias de férias coletivas.
Segundo o sindicato, cerca de 30% da produção na planta da GM em São José atende o mercado sul-americano - sendo que parte dos automóveis tem como destino a Argentina;
Esses dois dias de folga pelo 'day-off ' são remunerados normalmente e os trabalhadores 'pagam' essas horas à multinacional em um prazo máximo de até seis meses.
Procurada, a GM informou por meio da assessoria de imprensa que não vai comentar o assunto.
A caminhonete é produzida exclusivamente na fábrica de São José. A unidade emprega cerca de 5 mil pessoas.
O Vale
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