De rainha do lar à amiga e confidente, da dificuldade em expressar o afeto até a culpa presente 24 horas por dia nos pensamentos, houve um longo caminho trilhado. E exercer a maternidade nunca foi tarefa das mais fáceis. Saiba por quais transformações esse papel passou ao longo das gerações e quais são os maiores desafios da mãe contemporânea.
Fim do século 19: mãe autoritária
O conceito de infância como uma fase peculiar da vida e com necessidades e anseios próprios passou a ser melhor assimilado. Até então, as crianças costumavam ser tratadas como pequenos adultos. Muitas, inclusive, trabalhavam. O olhar mais atento começa a modificar o relacionamento entre mãe e filho. “O afeto, porém, não é o que define essa relação, e sim a autoridade. Por outro lado, as mães dessa época não sofriam com a culpa”, diz a psicoterapeuta Elizabeth Monteiro, autora do recém-lançado “A Culpa é da Mãe” (Summus Editorial).
Décadas de 1910 e 1930: mãe do lar
A função da mulher era cuidar da casa e dos filhos e viver à sombra do marido. Com o fim da Primeira Guerra Mundial, porém, muitas passam a reivindicar o direito ao estudo e ao voto.
Anos 1940: mãe que começa a trabalhar
Com os maridos no campo de batalha por causa da Segunda Guerra Mundial, muitas mulheres começam a trabalhar fora para garantir o sustento dos filhos. E a maior parte enxerga a oportunidade como a primeira chance de experimentar o controle da própria vida.
Anos 1950: mãe afetiva
Há um retrocesso comportamental. Com os maridos de volta, as mulheres também retornam aos lares. É uma época de bastante conservadorismo e de valorização da família, da tradição e da virgindade. A aura de "comercial de margarina" esconde a frustração de ter que suportar uma existência sem grandes ambições. Para aplacar os anseios femininos, a moda esbanja glamour e a indústria inventa os mais incríveis eletrodomésticos. Ser dona de casa e mãe de família é o status vigente. Há uma grande aproximação afetiva com os filhos, que buscam o colo das mães como alento ao autoritarismo dos pais.
Anos 1960: mãe independente
A disseminação do uso da pílula anticoncepcional, criada no fim da década anterior, transforma o comportamento feminino de modo definitivo. A mulher passa a fazer sexo por prazer, e não mais como forma de procriar. Os movimentos estudantis, de moda e musicais na Europa se alastram mundo afora. As garotas querem tudo e mais um pouco –menos ficar em casa trocando fraldas e obedecendo às ordens do marido. Surgem novas oportunidades profissionais. Até então, os empregos femininos –professora, enfermeira, secretária– eram uma espécie de extensão do papel de "cuidadora" que a mulher assumia em casa.
Anos 1970: mãe por prazer
A relação entre homens e mulheres se torna mais igualitária, o que torna a maternidade mais prazerosa. Os pais passam a se tornar mais atuantes –essa participação inclui desde assistir ao parto até ajudar nos cuidados com o recém-nascido. A expansão do ensino universitário no Brasil abre novos horizontes para a mulher. Com a aprovação da lei do divórcio no país, em 1977, os modelos de família começam a se transformar.
Anos 1980: mãe informada
A mulher almeja sucesso profissional e disputa poder de igual para igual com os homens. Novos estudos, livros e pesquisas proporcionam mais informação sobre os cuidados com cada fase de desenvolvimento da criança. A mulher quer o melhor para seu filho em termos de ensino, alimentação, saúde, diversão.
Anos 1990: mãe por opção
Mais do que nunca, a maternidade se torna uma escolha pessoal da mulher, que começa a se sentir menos cobrada pela sociedade. As famílias passam a ser mais enxutas e o relacionamento entre mães e filhos se sustenta no diálogo –temas como sexo e drogas deixam definitivamente de ser tabus. Para a psicoterapeuta Sandra Samaritano, a avalanche de informações promovida pela internet também transforma as relações. “As mães precisam ficar muito mais atentas ao comportamento dos filhos e ao que eles estão fazendo ou buscando na rede”, diz.
Anos 2000 até hoje: a super-mãe
Mulheres chefes de família e que decidem ter filhos com mais de 35 anos se tornam cada vez mais comuns. O grande desafio da mãe contemporânea é lidar com o excesso de informação. “As mulheres não querem mais seguir os conselhos das próprias mães ou das sogras, mas ao mesmo tempo estão perdidas, sem referencial”, diz a psicoterapeuta Elizabeth Monteiro. “Meu conselho é: não existe o certo e o errado, e sim o que é certo ou errado para você. Use sempre o bom senso e a intuição. Os filhos se sentem seguros quando a mãe não titubeia, quando está convicta do que quer e pensa”.
Fim do século 19: mãe autoritária
O conceito de infância como uma fase peculiar da vida e com necessidades e anseios próprios passou a ser melhor assimilado. Até então, as crianças costumavam ser tratadas como pequenos adultos. Muitas, inclusive, trabalhavam. O olhar mais atento começa a modificar o relacionamento entre mãe e filho. “O afeto, porém, não é o que define essa relação, e sim a autoridade. Por outro lado, as mães dessa época não sofriam com a culpa”, diz a psicoterapeuta Elizabeth Monteiro, autora do recém-lançado “A Culpa é da Mãe” (Summus Editorial).
Décadas de 1910 e 1930: mãe do lar
A função da mulher era cuidar da casa e dos filhos e viver à sombra do marido. Com o fim da Primeira Guerra Mundial, porém, muitas passam a reivindicar o direito ao estudo e ao voto.
Anos 1940: mãe que começa a trabalhar
Com os maridos no campo de batalha por causa da Segunda Guerra Mundial, muitas mulheres começam a trabalhar fora para garantir o sustento dos filhos. E a maior parte enxerga a oportunidade como a primeira chance de experimentar o controle da própria vida.
Anos 1950: mãe afetiva
Há um retrocesso comportamental. Com os maridos de volta, as mulheres também retornam aos lares. É uma época de bastante conservadorismo e de valorização da família, da tradição e da virgindade. A aura de "comercial de margarina" esconde a frustração de ter que suportar uma existência sem grandes ambições. Para aplacar os anseios femininos, a moda esbanja glamour e a indústria inventa os mais incríveis eletrodomésticos. Ser dona de casa e mãe de família é o status vigente. Há uma grande aproximação afetiva com os filhos, que buscam o colo das mães como alento ao autoritarismo dos pais.
Anos 1960: mãe independente
A disseminação do uso da pílula anticoncepcional, criada no fim da década anterior, transforma o comportamento feminino de modo definitivo. A mulher passa a fazer sexo por prazer, e não mais como forma de procriar. Os movimentos estudantis, de moda e musicais na Europa se alastram mundo afora. As garotas querem tudo e mais um pouco –menos ficar em casa trocando fraldas e obedecendo às ordens do marido. Surgem novas oportunidades profissionais. Até então, os empregos femininos –professora, enfermeira, secretária– eram uma espécie de extensão do papel de "cuidadora" que a mulher assumia em casa.
Anos 1970: mãe por prazer
A relação entre homens e mulheres se torna mais igualitária, o que torna a maternidade mais prazerosa. Os pais passam a se tornar mais atuantes –essa participação inclui desde assistir ao parto até ajudar nos cuidados com o recém-nascido. A expansão do ensino universitário no Brasil abre novos horizontes para a mulher. Com a aprovação da lei do divórcio no país, em 1977, os modelos de família começam a se transformar.
Anos 1980: mãe informada
A mulher almeja sucesso profissional e disputa poder de igual para igual com os homens. Novos estudos, livros e pesquisas proporcionam mais informação sobre os cuidados com cada fase de desenvolvimento da criança. A mulher quer o melhor para seu filho em termos de ensino, alimentação, saúde, diversão.
Anos 1990: mãe por opção
Mais do que nunca, a maternidade se torna uma escolha pessoal da mulher, que começa a se sentir menos cobrada pela sociedade. As famílias passam a ser mais enxutas e o relacionamento entre mães e filhos se sustenta no diálogo –temas como sexo e drogas deixam definitivamente de ser tabus. Para a psicoterapeuta Sandra Samaritano, a avalanche de informações promovida pela internet também transforma as relações. “As mães precisam ficar muito mais atentas ao comportamento dos filhos e ao que eles estão fazendo ou buscando na rede”, diz.
Anos 2000 até hoje: a super-mãe
Mulheres chefes de família e que decidem ter filhos com mais de 35 anos se tornam cada vez mais comuns. O grande desafio da mãe contemporânea é lidar com o excesso de informação. “As mulheres não querem mais seguir os conselhos das próprias mães ou das sogras, mas ao mesmo tempo estão perdidas, sem referencial”, diz a psicoterapeuta Elizabeth Monteiro. “Meu conselho é: não existe o certo e o errado, e sim o que é certo ou errado para você. Use sempre o bom senso e a intuição. Os filhos se sentem seguros quando a mãe não titubeia, quando está convicta do que quer e pensa”.
Outro dilema moderno é aprender a não virar refém da culpa de certas escolhas: trabalhar fora ou não, contratar babá ou deixar o filho na escolinha. “Não dá para ser 100% boa em todos os papéis: mulher, mãe, esposa, amiga, profissional... Ninguém tem estrutura física, biológica ou emocional para tudo isso nos dias de hoje”, diz Sandra Samaritano. O melhor é tentar estar totalmente presente naquilo que está fazendo, independente do tempo. Se tiver 15 minutos para brincar com o filho pequeno, entregue-se a isso. Se está numa reunião no trabalho, evite ficar pensando se a criança vem sendo bem cuidada na creche.
MAIS QUE UMA VIDA - ANDERSON FREIRE (FELIZ DIA DAS MÃES) ESPECIAL MÃE
Letra: Uma carta para minha mãe
Mãe se eu pudesse no seu ventre eu cantaria pra acalmar teu coração Quantos medos misturados com alegria Durante a sua gestação E se de repente tivesse que escolher Entre a sua vida e a minha Certamente a senhora escolheria: A minha Nunca percebia Que o alimento era pouco A Sua fé é inspiração Me faz lembrar o 5 pães e 2 peixinhos Alimentando a multidão A noite todo mundo em volta do fogão Ansioso pelo jantar A lamparina acesa revelava a esperança em teu olhar Hoje gero frutos da suas sementes Não foi o bastante a senhora plantar Chorou, cantou, cuidou regou… A cada fase deus estava lá A cada fase Deus estava lá Me explica agora essa força Me explica mãe de onde vem Sei que sou apenas um dos 5 filhos Mais fosse 100 Mais se fosse 100 Seria assim também Mais que te cercar de lindos netos estar presente em datas especiais mais que te enfeitar de lindas flores Coisas desse tipo e muito mais Que a eternidade seja a recompensa Pra quem me deu mais que uma vida Desde quando aprendi contar eu conto duas : a Minha e a Sua Se gostou do video deixe seu like e inscreva-se no canal. Deus abençoe todos!
Como vantagem da evolução da maternidade, a psicóloga e mestre em gerontologia Sonia Fuentes vê a possibilidade de os filhos conviverem com uma mãe resolvida, autossuficiente, que não precisa ficar em um relacionamento desgastado em prol da família. “Hoje a mulher consegue assumir a condição de mãe sem ter um companheiro e sem ser tão julgada. Não há mais tantos empecilhos legais para tal e a mídia até reforça esse comportamento”, diz Sonia.
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