Termos do pacto incluem bonificação por tempo de casa e requalificação profissional
A Ford e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC aprovaram um acordo coletivo para a dispensa dos funcionários da fábrica de São Bernardo do Campo (SP), afetados pela decisão da companhia de sair do segmento de caminhões na América do Sul.
O acordo inclui um Plano de Demissão Incentivada (PDI), um programa de requalificação profissional (com cursos realizados em parceria com o sindicato), apoio psicológico e possível antecipação do encerramento das atividades de manufatura, o que depende da negociação com eventual comprador. Haveria dois interessados, segundo o governador do Estado, João Doria. Um deles seria o Grupo Caoa, que admitiu a possibilidade.
A compensação financeira oferecida pela montadora foi definida a partir da combinação de condições empregatícias (horistas ou mensalistas), tempo de casa e eventual admissão do funcionário pelo potencial comprador da fábrica.
O acordo inclui um Plano de Demissão Incentivada (PDI), um programa de requalificação profissional (com cursos realizados em parceria com o sindicato), apoio psicológico e possível antecipação do encerramento das atividades de manufatura, o que depende da negociação com eventual comprador. Haveria dois interessados, segundo o governador do Estado, João Doria. Um deles seria o Grupo Caoa, que admitiu a possibilidade.
A compensação financeira oferecida pela montadora foi definida a partir da combinação de condições empregatícias (horistas ou mensalistas), tempo de casa e eventual admissão do funcionário pelo potencial comprador da fábrica.
Para os horistas da produção, o PDI tem como base índices que variam de 1,5 a 2 salários por ano trabalhado. Para o metalúrgico que participar do processo de seleção e for contratado pelo novo grupo que vier a adquirir a fábrica será oferecido o índice de 1,5.
Aqueles que não forem contratados ou decidirem sair em definitivo, sem passar pela seleção, receberão o pacote de incentivos com base em 2 salários. O desligamento dos trabalhadores interessados em ficar na nova empresa só acontecerá depois do processo de seleção. Caso a venda não se concretize, todos receberão 2 salários por ano trabalhado.
A mesma lógica valerá para os mensalistas, mas com índices 0,75 e 1. Assim, o PDI para quem ficar na nova empresa terá como base 0,75 de salário por ano trabalhado e quem sair receberá 1 salário por ano de casa. A Ford informou ao sindicato que deverá manter uma parte dos mensalistas do setor administrativo. Na negociação com a montadora, o sindicato conseguiu garantir a esses trabalhadores a permanência em São Bernardo do Campo até março de 2020.
“Nosso objetivo agora é garantir a manutenção da fábrica com novos proprietários e que ela continue fabricando caminhões. As negociações estão acontecendo e vamos discutir com eles, no momento certo, as condições de trabalho daqueles que serão admitidos por esse novo patrão”, afirma o presidente do sindicato, Wagner Santana.
“A Ford e o sindicato construíram, em conjunto, um resultado benéfico aos funcionários nos aspectos econômico e social”, diz o presidente da Ford América do Sul, Lyle Watters.
“Atingimos nosso objetivo com um acordo importante para os trabalhadores e uma proteção adicional, uma vez que essa negociação independe da venda da fábrica”, recorda o coordenador geral do sindicato, José Quixabeira de Anchieta.
A montadora informa que as conversas com potenciais compradores da fábrica de São Bernardo do Campo continuam e reafirma seu compromisso em realizar o que puder para obter um resultado positivo.
fonte: Automotive Business
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